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Facebook terá tentado comprar app dedicada a espiar os utilizadores do iPhone

A posição do Facebook contra todas as tentativas de ataque às suas apps e serviços tem vindo a mudar. Para além de resolverem as falhas, atacam diretamente em tribunal quem as criou ou explorou ativamente.

Pois esse processo parece agora estar a trazer problemas ao próprio Facebook. Informações reveladas num processo em tribunal mostram que o Facebook terá tentado comprar app dedicada a espiar os utilizadores do iPhone.


Revelados segredos sensíveis do Facebook

Foi em 2019 que o Facebook lançou um processo contra a empresa NSO Group. As acusações procuram mostra que esta explorou ativamente uma falha do WhatsApp para assim conseguir roubar dados dos utilizadores deste serviço para proveito próprio.

No meio deste processo surgiram informações que parecem mostrar a atitude do Facebook em relação aos seus utilizadores. As declarações do CEO da empresa NSO Group e alguns documentos revelaram uma posição assustadora e que caso tivesse seguido dava acesso a informação sensível.

Comprar o Pegasus à NSO Group

O que foi revelado mostra que em 2017 a maior rede social da Internet terá feito deslocar 2 dos seus funcionários para tentar comprar os direitos de utilização da app de spyware Pegasus.

Esta app tem sido usada pelas forças policiais em várias situações. Consegue com sucesso quebrar a proteção do iPhone e abrir este smartphone a atacantes, mesmo com todas as proteções da Apple.

A escolha teve de recair na app Onavo

Aparentemente a ideia seria usar o Pegasus para obter dados sensíveis dos utilizadores. Do que se sabe, esta app pode ser usada para recolher dados de localização, de chamadas recebidas e efetuadas, e até as credenciais dos utilizadores.

Tendo problemas com a informação recolhida pela sua app VPN Onavo, o Facebook queria alargar os dados que conseguia obter. A ideia era pagar à NSO Group por cada utilizador que conseguisse ser espiado e os dados recolhidos.

Informação sensível recolhida para proveito próprio

Do que o CEO da NSO Group revelou, esta proposta foi rejeitada de forma tácita pela empresa. Assim, o Facebook acabou por lançar a Onavo mesmo com todas as limitações conhecidas. A ideia era conseguir obter os mesmos dados que o Android oferece.

Mesmo com a rejeição da NSO Group, o Facebook avançou com a recolha de dados. Os escândalos foram surgindo e a própria Onavo e outras apps foram removidas com problemas descobertos. Provavelmente nunca vai ser confirmada esta vontade, mas revela algumas posições anteriores do Facebook.

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