A proibição do TikTok em dispositivos oficiais do governo nos Estados Unidos já aconteceu no ano passado com a bandeira da segurança nacional. A Comissão Europeia passa a proibir a utilização da app do TikTok nos smartphones e outros dispositivos oficiais de serviço.
Segundo fonte da Comissão Europeia, citada pela agência de notícias AFP, passa a ser proibido ter instalada a app do TikTok em dispositivos oficiais. Aliás, os funcionários da Comissão já receberam ordens para apagar a aplicação dos dispositivos oficiais de serviço. Algo que terá que acontecer até 15 de março, tal como já tinha adiantado o site Euractiv.
Numa altura em que o TikTok anunciou um investimento de 150 milhões de dólares para expandir a sua capacidade de armazenamento de dados europeus, de forma a apoiar a comunidade, esta notícia parece vir comprometer a confiança no serviço.
Será o TikTok a grande ameaça?
Tal como nos EUA, na Europa também se teme que o governo chinês possa ter acesso a informação crítica através da aplicação, comprometendo a segurança do território. Recorde-se que nos EUA, no final do ano passado e já depois de outras instituições terem criado entraves à app, a Câmara dos Representantes dos EUA proibiu TikTok nos dispositivos do governo.
Em meados de janeiro, o comissário europeu para o Mercado Interno, Thierry Breton, deixou uma ameaça ao conselheiro delegado do TikTok, Shou Zi Chew, numa reunião por videoconferência. Nesta reunião disse que tinha que haver mais cuidados em relação ao público jovem, considerando não ser admissível que, por trás de um “ambiente aparentemente divertido e inofensivo”, possa haver acesso a conteúdo perigoso e que coloque mesmo em risco a vida dos utilizadores.
Na altura foi exigido pelo comissário europeu que a rede social respeite a normativa europeia de proteção de dados, que terá que ser cumprida pelas grandes tecnológicas até 1 de setembro, segundo a nova lei de serviços digitais.
Uma vez mais esta notícia, que se encontra em atualização, vem adensar ainda mais a tensão que existe entre a China e as grandes economias do ocidente.