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República Checa planeia abandonar progressivamente o carvão até 2033

Nem só de carros elétricos se fazem as mudanças. O governo recentemente eleito na República Checa anunciou que planeia eliminar progressivamente o uso de carvão, tendo definido o ano de 2033 como horizonte temporal.

Outros países também já definiram os seus objetivos com vista à eliminação gradual do carvão.


O governo recentemente eleito na República Chega já começou a fazer alterações. Afinal, comprometeu-se a eliminar gradualmente a utilização do carvão na produção de energia até 2033. O país planeia substituir a maior parte da produção de energia, aumentando as suas instalações nucleares e de energias renováveis.

Vamos criar tais condições para a transformação energética e o desenvolvimento das regiões carboníferas, de modo a possibilitar a eliminação gradual do carvão até ao ano 2033.

Disse Petr Fiala, primeiro-ministro eleito em outubro de 2021.

Há muito tempo que a República Checa depende do carvão, sendo este, atualmente, responsável por quase 50% da produção de energia do país. Além disso, é o combustível fóssil responsável pela maior produção de carbono.

Apesar da decisão do governo, os ambientalistas estão preocupados com o facto de o compromisso assumido ser demasiado lento, uma vez que consideram que a eliminação do carvão deveria dar-se mais rapidamente.

É importante que o governo checo compreenda que estamos no jogo final para o carvão europeu, mas o seu compromisso de 2033 de eliminação progressiva do carvão significa que está a começar com o pé errado.

O governo checo sabe demasiado bem que a ciência climática nos diz que os países europeus precisam de eliminar gradualmente o carvão até 2030. Tem de acelerar o plano.

Disse Mahi Sideridou, diretora administrativa da Europe Beyond Coal.

Por sua vez, Lukáš Hrábek, assessor de imprensa da Greenpeace da República Checa, acredita que o país “acabará por eliminar progressivamente o carvão antes de 2030, tal como os países europeus responsáveis e desenvolvidos”.

Existem outros países europeus, como a Espanha e a Finlândia, a comprometerem-se com o fim da utilização do carvão na produção de energia até 2030, e o Reino Unido com o horizonte temporal de 2025.

 

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