Sabia que a China é o maior emissor de gases de efeito estufa? Os tempos são de mudança obrigatória pelo nosso planeta. O último relatório da ONU não traz muitas noticias positivas, uma vez que revela que o aquecimento global é pior e mais rápido do que se temia.
A China revelou recentemente que prevê investir 17,7 biliões de euros para atingir a neutralidade carbónica em 2060. O que isto significa?
90% das emissões nacionais de carbono na China são da indústria, energia, construção e transportes
O anúncio foi feito pelo vice-presidente do Conselho da China para a Promoção do Comércio Internacional, Zhang Shaogang, que revelou que a China deverá investir 136 biliões de yuans (17,7 biliões de euros), para alcançar a neutralidade carbónica em 2060.
Segundo Zhang, 90% das emissões nacionais de carbono são provenientes de setores-chave como a indústria, energia, construção e transportes, motivo pelo qual a China necessitará de fazer “a maior diminuição de emissões da história mundial”.
O responsável destacou, no entanto, que se trata de um objetivo difícil, uma vez que “60% das tecnologias que apoiam a neutralidade carbónica ainda se encontram numa fase conceptual“, o que requer um grande investimento e apoio à investigação.
De referir também que Pequim comprometeu-se a reduzir as emissões de carbono antes de 2030. Em 2019, as emissões per capita da China atingiram 10,1 toneladas, quase triplicando nas últimas duas décadas.
Essas metas, anunciadas em setembro de 2020 pelo Presidente chinês Xi Jinping, foram recebidas com relativo entusiasmo pela comunidade internacional, já que a China é o país responsável pela maior quantidade de emissões de dióxido de carbono no mundo (27% do total global em 2017, de acordo com o Global Carbon Atlas), revela a Lusa.
Organizações ambientais como a Greenpeace pediram ao Governo chinês uma maior fiscalização dos projetos de energia a carvão – cerca de 60% da eletricidade nacional vem dessa fonte – aprovados por algumas autoridades provinciais do país.
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