Com a redução da dependência do petróleo e gás russos como objetivo, a Europa tem acelerado planos para introduzir outras fontes de energia, bem como para produzir hidrogénio verde. Assim sendo, assinou um acordo importante.
Este resultará na criação de uma unidade de produção de hidrogénio verde na Zona Económica do Canal de Suez.
A Europa está numa corrida para reduzir a dependência energética que estabeleceu com a Rússia. O objetivo passa por ter pelo menos 40 GW de capacidade instalada em eletrolisadores, aos quais se juntarão outros 40 GW localizados fora do território. Estes exportarão parte da produção para o nosso mercado.
Nesse sentido, a Europa assinou um acordo com a Masdar, propriedade do fundo estatal de Abu Dhabi Mubadala, e com a empresa energética do Egito Hassan Allam Utilities. Este acordo irá promover a criação de uma grande unidade de produção de hidrogénio verde na Zona Económica do Canal de Suez.
O Egipto goza de abundantes recursos solares e eólicos que permitem a geração de energia renovável a um custo muito competitivo. Um fator-chave para a produção de hidrogénio verde. O Egipto está também muito próximo de mercados onde se espera que a procura de hidrogénio verde aumente mais, proporcionando uma forte oportunidade de exportação para locais como a Europa.
Refere um comunicado de imprensa.
De acordo com os envolvidos no projeto, a primeira fase das instalações estará operacional em 2026, garantindo 100.000 toneladas de metanol verde por ano, por forma a abastecer os navios no Canal de Suez. Posteriormente, o objetivo é que as instalações de eletrolisadores garantam a produção de 4 GW até 2030, uma vez que seria o suficiente para produzir cerca de 2,3 milhões de toneladas de amoníaco verde para exportação, bem como para fornecer hidrogénio verde às indústrias locais.
Se queremos chegar a emissões zero líquidas, não o podemos fazer apenas através das energias renováveis. Precisamos de algo para assumir o papel atual do gás natural, especialmente para gerir a sazonalidade e a intermitência, e isto é o hidrogénio.
Alertou Michele DellaVigna, chefe da unidade de negócios de ações de mercadorias da Goldman Sachs para a região da Europa, Médio Oriente e África, numa entrevista à CNBC.
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