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Compromissos climáticos poderão forçar as companhias aéreas a cessar atividade

As companhias aéreas viram-se desafiadas aquando da chegada da infeção que parou o mundo, a COVID-19. Durante longos meses, assistiram à sua atividade interrompida e amplamente prejudicada. Contudo, um novo relatório descobriu que as medidas concebidas para combater as alterações climáticas poderão lesá-las ainda mais.

O relatório foi lançado pelo Centre for Aviation (CAPA).


Um novo relatório do CAPA – realizado em parceria com a Envest Global – indica aumentos acentuados dos custos para as companhias aéreas à medida que as normas de redução das emissões de dióxido de carbono são introduzidas e reforçadas. De entre elas, por exemplo, o aumento dos preços associados ao carbono e a mistura obrigatória de combustíveis sustentáveis no setor da aviação.

Embora as companhias aéreas tenham passado por momentos atribulados durante a pandemia, com todas restrições que daí advieram, as medidas para a redução das emissões de dióxido de carbono poderão ser ainda mais preocupantes.

As alterações climáticas são um desafio crítico e a passividade climática é um erro crítico.

Disse Peter Harbison, presidente da CAPA.

Combate às alterações climáticas poderá prejudicar companhias aéreas

O relatório concluiu que várias empresas poderão fracassar nos próximos três a cinco anos, se não conseguirem garantir a força financeira necessária para investir na descarbonização dos seus aviões. Isto, porque as compensações de carbono para as companhias aéreas poderão vir a tornar-se cada vez mais dispendiosas.

Mais do que isso, o relatório do CAPA prevê que os investidores e clientes irão exigir mais dados credíveis sobre a descarbonização, bem como evidências de ações significativas levadas a cabo pelas companhias aéreas. Assim, poderão tomar decisões informadas sobre os seus investimentos ou compras.

O que vemos agora é que a pressão sobre as empresas para melhorarem o seu desempenho ambiental vem dos seus clientes e investidores, para se alinharem com os seus próprios compromissos.

Referiu David Wills, diretor executivo da Envest Global.

À medida que são pressionadas, as companhias aéreas ver-se-ão obrigadas a corresponder e poderão não sobreviver às medidas de combate às alterações climáticas.

 

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