Tendo em conta as alterações climáticas e os objetivos traçados pelos líderes mundiais, os objetivos têm-se acumulado e os horizontes temporais têm surpreendido. Caso de surpresa é o principal exportador de petróleo do mundo, a Arábia Saudita, querer ser neutro em carbono até 2060.
Além disso, prometeu duplicar a sua meta de redução de emissões anual.
O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, revelou recentemente que o país pretende atingir a neutralidade carbónica até 2060. Mais do que isso, o maior exportador de petróleo do mundo pretende duplicar a sua meta anual de redução das emissões de carbono.
O Reino da Arábia Saudita pretende atingir emissões de carbono zero até 2060, no âmbito do seu programa circular de economia de carbono, de acordo com o plano de desenvolvimento do reino […].
Disse Mohammed bin Salman.
Com esta meta estabelecida, o príncipe herdeiro e o ministro da Energia garantiram que o país enfrentará as mudanças climáticas, ao mesmo tempo que garantirá a estabilidade do mercado do petróleo. Afinal, a Arábia Saudita é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e o maior exportador do combustível.
Durante a Saudi Green Initiative (SGI), que acontece antes da COP 26, a conferência da ONU sobre as alterações climáticas, Mohammed bin Salman revelou que o reino juntar-se-á a uma iniciativa global para reduzir as emissões de metano em 30%, em relação aos níveis de 2020, até 2030.
Enquanto signatária do Acordo de Paris sobre as alterações climáticas, a Arábia Saudita também se comprometeu em reduzir as emissões de carbono para cerca de 280 milhões de toneladas, sobrepondo-se ao objetivo anterior de 130 milhões.
O país tem vindo a ser criticado por agir lentamente face às alterações climáticas. Aliás, o Climate Action Tracker atribuiu-lhe a classificação mais baixa possível de “criticamente insuficiente”. Então, de entre os projetos ecológicos que tem anunciado, em março, comprometeu-se a gerar 50% das suas necessidades energéticas a partir de energias renováveis até 2030, bem como plantar milhares de milhões de árvores.
Além da Arábia Saudita, também o maior produtor de petróleo, os Emirados Árabes Unidos, anunciou um plano para emissões líquidas zero até 2050, ultrapassando a ambição do primeiro em 10 anos.
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