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Xiaomi perdeu 9200 dólares por cada carro elétrico que vendeu

Apesar de estar mais do que estabelecida no mercado dos eletrónicos, a aposta nos carros elétricos recordou à Xiaomi o conceito de dores do crescimento. Afinal, sabe-se agora que, apesar do sucesso do seu SU7, a marca perdeu 9200 dólares por cada unidade que vendeu.


Desenvolver carros elétricos não é uma tarefa simples. Por tudo o que envolve, há até fabricantes já estabelecidas que não querem entrar na aventura, pelo menos para já. Contudo, a Xiaomi lançou o seu primeiro modelo, em março, num sucesso que a fez receber 50.000 encomendas em 27 minutos.

Agora, sabe-se que a empresa perdeu dinheiro nas vendas do seu carro elétrico: o departamento automóvel da Xiaomi registou um prejuízo ajustado de 252 milhões de dólares no segundo trimestre, que terminou a 30 de junho. Este diz respeito ao seu primeiro trimestre de entrega completa.

Durante os meses de abril, maio e junho, a Xiaomi entregou 27.307 veículos elétricos a clientes na China e acredita que pode atingir as 100.000 entregas até novembro. Contas feitas, considerando as suas perdas totais e o número de entregas, a Xiaomi perdeu 9200 dólares por cada SU7 que vendeu.

Estas perdas não são invulgares, desde logo, por se tratar de um departamento novo. Aliás, acontecem até em nomes da indústria automóvel mais cimentados.

Por exemplo, conforme recordado pelo Carscoops, no início de agosto, foi revelado que a Rivian perdeu 1,46 mil milhões de dólares no segundo trimestre, tendo produzido apenas 9162 veículos no mesmo período, e perdeu 32.705 dólares por veículo entregue no segundo trimestre. Neste, também a divisão de carros elétricos da Ford perdeu 1,1 mil milhões de dólares e vendeu 23.957 veículos, perdendo o equivalente a 47.600 dólares por elétrico vendido.

Apesar das perdas por veículo elétrico vendido, os analistas do Citibank acreditam que o negócio automóvel da Xiaomi pode atingir um ponto de equilíbrio, caso comece a vender entre 300.000 e 400.000 veículos anualmente.

Completamente focada no mercado automóvel chinês, para já, sabe-se que a Xiaomi deverá estar a planear um segundo modelo, que pode estrear-se ainda este ano. Este será mais um passo da empresa rumo à rentabilidade do seu ainda recente departamento automóvel.

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