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Suécia diz ter uma “bateria revolucionária” que pode reduzir a dependência da China

A Europa depende largamente da China, em matéria de elétricos, por ser um player essencial no fornecimento de baterias. A hegemonia chinesa pode ter os dias contados, pois a sueca Northvolt diz ter uma nova “bateria revolucionária”.


A indústria europeia depende, de forma vincada, das baterias e das matérias-primas provenientes da China. Claro que, não conseguindo assegurar o fornecimento, a Europa não consegue ser autossuficiente e coloca-se numa posição de vulnerabilidade comercial e económica.

A Northvolt revelou que fabricou uma bateria mais sustentável e de menor custo, concebida para armazenar eletricidade, que não utiliza lítio, níquel, grafite e cobalto. Estas que são matérias-primas escassas e pelas quais precisamos da China.

A única grande fabricante nacional de baterias elétricas da Europa partilhou ter concebido uma bateria com densidade de energia superior a 160 watts-hora por kg.

Conforme partilhado pelo The Guardian, a empresa quer usar a bateria para equipar centrais de armazenamento de eletricidade, procurando alargar a sua aplicabilidade, no futuro.

O uso da tecnologia de iões de sódio não é novidade, mas acreditamos que este é o primeiro produto totalmente isento de matérias-primas críticas. É um avanço fundamental. Isto proporciona uma opção que não depende de certas partes do mundo, incluindo a China.

Quando se pensa em segurança energética, é inconcebível pensar em operar sem líderes. O impacto que a criação de empregos pode trazer não pode ser subestimado. É preciso ter campeões locais ou regionais.

Explicou Patrik Andreasson, vice-presidente de estratégia e sustentabilidade da Northvolt.

O protótipo da bateria foi desenvolvido nos laboratórios da empresa, em Västerås, na Suécia, e será mostrado aos clientes no próximo ano. A empresa ainda não decidiu onde a bateria será fabricada em maiores quantidades.

Apesar de a densidade energética desta bateria ser inferior à densidade que encontramos nas de lítio, Andreasson assegurou que a Northvolt irá trabalhar para a aumentar, mantendo os custos baixos.

A Northvolt explicou ainda que a bateria, que é baseada num cátodo branco prussiano com alto teor de sódio e num ânodo de carbono duro, é mais segura do que alternativas a altas temperaturas. Além disso, com ela, espera chegar a mercados como o Médio Oriente, Índia e África.

 

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