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Stellantis vai ajudar a chinesa Leapmotor a conquistar o mundo dos elétricos

Apesar de não ser, ainda, muito relevante na cena automóvel – nem mesmo na China, de onde é oriunda -, a Leapmotor acredita que a parceria com a Stellantis ajuda-la-á a expandir-se mundialmente.


A motivação inicial para criar a Leapmotor foi o facto de a transição dos motores de combustão interna para os veículos elétricos representar uma oportunidade fantástica“, disse Zhu Jiangming, cofundador e diretor-executivo da empresa chinesa, numa entrevista no final do mês passado.

Com o objetivo da eletrificação em mente, a parceria com a Stellantis, citando Zhu, “permitir-nos-á assumir a liderança e ir mais depressa do que algumas outras fabricantes de automóveis chinesas“.

A Leapmotor é, ainda, pouco conhecida no estrangeiro e, mesmo na China, não ocupa um lugar de destaque. O cofundador da empresa procura que a parceria com a Stellantis mude este cenário, ajudando a chinesa a expandir-se mundialmente.

Conforme recordado pelo Automotive News Europe, a Zhejiang Leapmotor entregou pouco mais de 33.000 veículos no primeiro trimestre, contrastando com os 624.398 entregues pela BYD e os 1.335 milhões entregues pela Stellantis.

Apesar disso, os seus números colocam a Leapmotor perto do topo das empresas chinesas emergentes de veículos elétricos, a par da Li, da Aito e da NIO.

 

Stellantis impressionada com o know-how da Leapmotor

A parceria com a Stellantis concretizou-se, pois esta foi convencida pelo know-how tecnológico da Leapmotor. De facto, este permitiu-lhe oferecer veículos elétricos a preços acessíveis, mas com características como assistência avançada ao condutor e habitáculos inteligentes, que constituem a nova frente de batalha da indústria, à medida que os automóveis se tornam mais inteligentes e mais conectados.

Eu e a minha equipa somos bons em tecnologia de sistemas elétricos.

Explicou Zhu, partilhando que a sua experiência foi adquirida ao trabalhar para a Motorola e depois ao fundar a empresa de câmaras de vigilância Zhejiang Dahua.

Para o diretor-executivo, esta é uma vantagem no fabrico de veículos elétricos, em que cerca de 70% dos componentes tecnológicos são elétricos e 30% mecânicos; a proporção é inversa para os carros a gasolina.

Além disso, os principais componentes elétricos, que representam a maioria dos custos dos veículos elétricos da Leapmotor, são produzidos internamente, permitindo-lhe eliminar os fornecedores e poupar nas despesas.

Desta forma, consegue ser uma das poucas fabricantes de carros elétricos, a par da BYD, por exemplo, a produzir veículos altamente integrados e a conseguir vendê-los a um preço acessível.

Na mesma entrevista, Zhu negou as alegações que os Estados Unidos e a União Europeia têm feito relativamente à indústria de veículos elétricos da China estar com excesso de capacidade e os carros excedentes serem exportados.

Segundo o diretor-executivo da Leapmotor, a indústria de veículos elétricos da China desenvolveu-se como resultado de uma orientação constante que levou muitos a perceberem que é a direção do futuro e a trabalharem nesse sentido.

 

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