Enquanto alternativa aos combustíveis fósseis, ainda que menos consensual do que a eletricidade, os sintéticos têm conseguido ganhar algum destaque. Segundo a Repsol, o preço desta opção deverá estar entre os dois ou três euros por litro, em 2030-2050.
A Repsol Foundation realizou um evento, onde reuniu especialistas do mundo automóvel e das energias renováveis, e onde foram discutidos tópicos, como o preço das novas alternativas, a qualidade de cada uma e a capacidade de responder à procura, no futuro.
Um dos presentes, Alfonso de las Heras, consultor de H2 & Synthetic Fuel do Repsol Technology Lab, partilhou que “o risco real está na integração e produção de combustíveis sintéticos de forma competitiva”. Isto, porque “à medida que uma molécula se torna mais complexa, os custos de produção são maiores, porque o processo é mais complicado e é necessária mais energia”.
Na sua perspetiva, o custo desta alternativa é, para já, alto devido a duas principais razões: “o custo do hidrogénio e o preço do eletrolisador”. No entanto, acredita que, nos próximos anos, ficará mais barata, nomeadamente, pela redução do preço das fontes renováveis. Entre 2030-2050, o preço dos combustíveis sintéticos será, pela sua estimativa, de dois ou três euros por litro – um valor semelhante àquele previsto pela HIF Global.
Outra oradora a intervir, durante o evento da Repsol Foundation, foi Alba Soler, executiva de Renewable Fuels Science da unidade de investigação da Concawe. Para ela, os combustíveis sintéticos têm um potencial muito grande e haverá o suficiente para todos os transportes e setores.
Atualmente, e apesar desse potencial, acredita que “não há grandes projetos” a envolver combustíveis sintéticos, devido à falta de legislação.
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