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Reciclagem do lítio pode ser uma das soluções para dar resposta à transição elétrica

É um dos pesados argumentos daqueles que desacreditam na transição elétrica. No entanto, à medida que se desenvolvem novos processos e se confirma a sua validez, surgem soluções: a reciclagem do lítio pode, em breve, ser um contra-argumento.


Por todo o processo que está associado à sua exploração, bem como pelo papel que tem enquanto matéria para dar corpo às baterias, o lítio é um mineral polémico. A par daqueles que questionam a efetiva sustentabilidade associada aos carros elétricos, há também aqueles que não acreditam que os componentes como o lítio serão capazes de satisfazer a procura, por se prever crescente.

No entanto, além da lógica que defende que quanto mais procuramos lítio, mais encontramos, as empresas não param de inovar e desenvolver. Exemplo disso é a Electra Battery Materials Corporation, que confirmou ter conseguido recuperar o lítio, na sua refinaria, no norte de Toronto, Canadá.

A recuperação de lítio desde a massa negra representa um potencial game changer para a Electra e para a cadeia de fornecimento de veículos elétricos.

A reciclagem de lítio de baterias desativadas através da hidrometalurgia reduz a pegada de carbono do fabrico de automóveis elétricos e representa uma importante fonte de fornecimento futuro para um produto cuja procura deverá crescer significativamente nos próximos anos.

Partilhou o CEO da Electra Battery Materials, Trent Mell.

Segundo um comunicado divulgado pela empresa, massa negra é o “termo industrial utilizado para descrever o material que resta quando as baterias de iões de lítio expiram e são trituradas, e todas as cápsulas são removidas. Essa massa “contém elementos de alto valor, incluindo lítio, níquel, cobalto, manganês, cobre e grafite, que uma vez recuperados, podem ser reciclados para produzir novas baterias de iões de lítio”.

Normalmente, as empresas norte-americanas que reciclam baterias concentram-se na sua recolha e trituração, tratando o material que resulta, principalmente, através de um processo de fundição pirometalúrgico, que tem uma maior pegada de carbono e menores recuperações de metais do que os processos hidrometalúrgicos.

Conforme partilhado pela empresa no mesmo comunicado, a reciclagem tornar-se-á “cada vez mais uma característica-chave da cadeia de fornecimento de baterias para veículos elétricos, dada a forte procura de minerais críticos e o défice de fornecimento de metais como o níquel e o cobalto”.

O comunicado termina com a informação de que todo o material que a Electra Battery Materials conseguir recuperar, através do seu processo de reciclagem, será vendido a empresas para processamento adicional e reutilização.

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