Pplware

Poucas marcas chinesas de carros elétricos serão rentáveis até ao final da década

O sucesso das marcas chinesas de carros elétricos é notório, com crescimento comprovado. Apesar disto, uma empresa de consultoria estima que poucas delas serão, efetivamente, rentáveis até ao final da década.


As marcas chinesas têm conhecido barreiras ocidentais, com novas taxas aduaneiras a serem impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia (UE). De facto, as fabricantes estão a apostar fortemente em ambos os mercados e a fazê-los tremer, pelos preços altamente competitivos praticados.

Apesar disso, poucas delas serão rentáveis até ao final da década…

Quem o teoriza é a empresa de consultoria Alixpartners, que diz que apenas 19 das 137 marcas de automóveis elétricos existentes na China serão rentáveis até ao final da década, deixando as restantes a abandonar a indústria, a consolidar-se ou a lutar por uma pequena quota de mercado.

Segundo a empresa de consultoria, uma guerra de preços – que dura há quase dois anos – tem pressionado as fabricantes chinesas de veículos elétricos mais pequenos, enquanto grandes empresas como a BYD reforçam as suas posições dominantes.

Enquanto grandes empresas como a BYD ainda tiverem uma margem bruta, há sempre espaço para uma nova guerra de preços.

Disse Stephen Dyer, diretor-geral da Alixpartners em Xangai, num briefing, recentemente.

De acordo com o Automotive News Europe, citando a Alixpartners, embora o preço médio de venda de carros na China tenha caído 13,4% no ano passado, a margem média das fabricantes aumentou para 7,8% em 2023, de 6,3% no ano anterior. As fabricantes terão cortado custos, apertando os fornecedores e agindo rapidamente, por forma a trazer novos modelos ao mercado.

Conforme teorizado pela Alixpartners, até ao final de 2030, as fabricantes de automóveis chinesas deverão deter 33% do mercado automóvel global e 45% das vendas de veículos de novas energias (elétricos a bateria e híbridos plug-in).

Contudo, a consultora baixou a sua previsão para a quota da China no mercado automóvel europeu para 12%, em vez de 15%, dada a imposição de taxas provisórias adicionais pela UE.

Exit mobile version