As baterias são hoje o ponto crítico dos carros elétricos e estão aparentemente a ser usadas como novo negócio. A Polícia Judiciária está a investigar uma alegada burla que envolve a venda de carros com baterias alugadas.
O caso aconteceu com carros Renault Zoe comprados num stand em Vila do Conde e afetou já mais de 100 condutores.
O Jornal de Notícias avançou esta manhã com a notícia de que a Polícia Judiciária está a investigar uma alegada burla que envolve um stand de Vila do Conde, pela venda de carros elétricos, mas com baterias alugadas.
Terão sido mais de 100 condutores, entre particulares, empresas e câmaras municipais, que terão comprado carros elétricos a pensar que estavam também a comprar as suas baterias. No entanto, de um dia para o outro, os carros deixaram de andar.
Atualmente, existem várias queixas na justiça e até no Portal da Queixa por parte dos clientes lesados. Nas faturas de compra vêm explícito que são “viaturas sem aluguer de bateria” e o registo de propriedade sem reserva, com carros que, de um dia para o outro, deixaram de ligar e passaram a mostrar a mensagem “carga bloqueada”.
A concessionária E-Drive já respondeu à acusação e pede aos clientes que contactem a Mobilize Financial Services (financeira do grupo Renault), a empresa que bloqueou as baterias e que é dona dos contratos de aluguer. Os contratos terão sido celebrados no estrangeiro com uma importadora chamada Famaburgo, que os vendeu mais tarde à E-Drive — com quem partilha morada fiscal, em Vila do Conde. Contudo, a Mobilize Financial Services já veio dizer que “foi a própria E-Drive que solicitou o bloqueio”.
Segundo é avançado, a E-Drive estaria a anunciar a venda dos carros elétricos com baterias próprias a preços mais baixos que a concorrência, com poupanças na ordem dos mil aos 3 mil euros.
Algumas denúncias já aconteceram em 2021, mas os carros afetados continuam parados enquanto se aguarda por uma resolução.