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Porque é que alguns Mercedes vão passar a ter faróis azuis?

Os elétricos trouxeram inovação e obrigaram o próprio mercado a mexer nas leis e regras para o trânsito. A Mercedes acaba de obter autorização para instalar luzes azuis nos seus automóveis. Há uma razão para esta inovação, que vem trazer mais informação pertinente às estradas e aos condutores.


Luzes azuis em carros civis

A marca alemã está bastante avançada no que toca aos veículos e tecnologias para a condução autónoma. Relembramos que foi a primeira marca a receber a certificação de condução autónoma nível 3. Agora, a Mercedes recebeu a autorização para equipar os seus veículos de condução autónoma com luzes azuis.

Estas luzes acender-se-ão quando o veículo estiver em modo sem condutor, para avisar os outros utentes da estrada.

Embora nos últimos meses se tenha ouvido falar um pouco menos das novidades dos automóveis autónomos, devido sobretudo às muitas notícias sobre a invasão dos carros elétricos ao mercado europeu, o automóvel autónomo continua a desenvolver-se. Na verdade, muitas marcas continuam a trabalhar neste projeto, com o objetivo de oferecer soluções mais completas e mais seguras num futuro próximo.

Quem são as marcas que já se destacam na condução autónoma?

Quando falamos em desenvolvimento de carros autónomos, podemos referir outras marcas que também dão passos seguros. A Tesla, por exemplo, foi quem iniciou esta viagem, mas há várias outras marcas a desenvolver os seus próprios sistemas, como a BMW, a Lucid, ou a Xpeng.

Há um estudo que destaca as marcas com melhores ADAS (Advanced driver-assistance system) – um sistema avançado de assistência ao condutor que inclui tecnologias que auxiliam os condutores na condução segura de um veículo. Através de uma interface homem-máquina, o ADAS aumenta a segurança automóvel e rodoviária. Este sistema utiliza tecnologia automatizada, como sensores e câmaras, para detetar obstáculos próximos ou erros do condutor e responder em conformidade. O ADAS pode permitir vários níveis de condução autónoma.

Nesta área de desenvolvimento, segundo um estudo, quem está destacado na posição cimeira, com os melhores resultados, é a Ford.

Mercedes é uma das marcas que lidera o ranking

Como referido, uma das marcas mais avançadas nesta revolução que está a acontecer nas estradas é a Mercedes, com o seu Drive Pilot. A marca ultrapassou mesmo a empresa de Elon Musk em certos pontos, como é o caso da certificação nível 3, ou mesmo o sistema de ultrapassagens automáticas, ou mesmo na questão do estacionamento autónomo, com o seu Automated Valet Parking.

Num comunicado de imprensa, a empresa alemã anunciou que atingiu um novo marco. Acaba de obter autorização oficial dos estados da Califórnia e do Nevada para equipar os seus automóveis com luzes azuis-turquesa. Ou melhor, pequenos LEDs que complementarão a tradicional iluminação branca.

Mas para que é que serão utilizados? Nós explicamos-lhe tudo!

Como já deve ter percebido, esta funcionalidade está ligada à condução autónoma e só estará disponível nos modelos até ao nível 3. Por outras palavras, para já, apenas o EQS e o Classe S térmico, embora outros possam seguir-se posteriormente. Mas qual é o objetivo desta tecnologia, que pode parecer um pouco extravagante?

As novas luzes funcionarão como indicadores, mostrando aos outros utentes da estrada que o carro está em movimento sem a intervenção do condutor. Consequentemente, os outros utentes da estrada poderão ser mais cautelosos em relação ao comportamento do automóvel e saberão que devem ter cuidado para não atravessar a estrada, por exemplo. Mesmo que, teoricamente, o automóvel seja capaz de reagir para evitar um acidente.

Mas porque é que o construtor alemão, cuja condução autónoma está homologada nos Estados Unidos desde o início do ano, escolheu esta cor? Bem, a razão é bastante simples. No seu comunicado de imprensa, a marca explica que ela responde a vários critérios. Distingue-se dos semáforos já existentes e permite que os outros utentes da estrada o detetem de forma rápida e fiável.

O risco de confusão é reduzido e os condutores sabem imediatamente para onde estão a olhar quando veem um EQS com estas luzes acesas. Esta tonalidade deverá ser mantida pela marca e adotada por todos os seus veículos equipados com condução autónoma de nível 3, o que significa, para que conste, que os condutores deixam de ter as mãos no volante e os olhos na estrada, deixando de ser responsáveis em caso de acidente.

Este só pode ser ativado em autoestradas separadas por um separador central e a velocidades até 130 km/h, tanto nos Estados Unidos como na Europa. Isto apesar do facto de o sistema da Mercedes só estar atualmente aprovado para velocidades até 60 km/h. No entanto, não espere ver ainda carros autónomos com estas novas luzes, uma vez que só deverão chegar em 2026.

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