A Panasonic é um dos mais importantes fornecedores e parceiros da Tesla. A empresa japonesa fornece as baterias que equipam os carros elétricos da marca de Elon Musk. Nesse sentido, findo mais um trimestre, a Panasonic anunciou os seus resultados financeiros relativos ao segundo trimestre de 2019. Segundo o relatório, as vendas globais caíram 6% de um ano para o outro. Desta forma, a empresa registou uma queda de 13% nos lucros.
Além dos resultados gerais, a divisão automóvel da empresa (que inclui baterias elétricas para automóveis) registou um aumento das vendas em 6%. Ainda assim, o lucro operacional permaneceu negativo.
Panasonic sofre com a competição no mercado das baterias
Há já algum tempo que a gigante japonesa tem vindo a enfrentar a concorrência de empresas como a CATL (de origem chinesa e com menor despesa de desenvolvimento) ou a Samsung SDI (de origem coreana e com um saldo positivo no seu negócio de vendas de baterias). Sem dúvida que esta é atualmente uma indústria competitiva. Contudo, e apesar da aliança com a Tesla, a gigante japonesa posicionou-se como o maior produtor de baterias do mundo.
Atualmente, a Panasonic lidera este mercado mas, por enquanto, os resultados económicos não são os esperados.
Aparentemente, e graças ao investimento no aumento da capacidade de produção, as vendas de pilhas prismáticas e cilíndricas aumentaram consideravelmente, mesmo com os lucros semelhantes aos do ano passado. No entanto, as vendas de células cilíndricas do tipo 18650, produzidas no Japão, diminuíram em paralelo com a queda nas vendas dos modelos Tesla Model S e Model X, os modelos que usam esta referência.
Tesla e Panasonic partilham exploração da Gigafactory 1
Os restantes tipos de células aumentaram significativamente as suas vendas, em grande parte graças à Gigafactory 1 da Tesla. Esta unidade é explorada em conjunto pelas duas empresas. Se as vendas das baterias 18650 não tivessem sido reduzidas, seria altamente provável que a divisão automóvel da Panasonic tivesse finalmente conseguido alcançar o caminho do lucro.
No entanto, a Panasonic tornou-se cautelosa em relação aos gastos adicionais com o crescimento da capacidade de produção da bateria Tesla, enquanto planeia lançar uma nova joint venture com a Toyota.
Empresa espera que Model Y traga o tão esperado lucro
Para reverter esta situação complicada, a Panasonic quer melhorar a competitividade das suas baterias prismáticas. Para isso, vai aumentar a produção nas fábricas em Dalian (China) e Himaji (Japão). Além disso, a empresa também quer melhorar a rentabilidade das baterias cilíndricas aumentando a produtividade da sua fábrica nos Estados Unidos (inicialmente, a Gigafactory 1 terá em breve uma capacidade de 35 GWh por ano).
Este aumento na produtividade e rentabilidade será a chave para o lançamento do Tesla Model Y,. Conforme a empresa de Musk tem afirmado, o novo modelo promete ser ainda mais bem-sucedido do que o Model 3. O novo carro elétrico virá carregado com novidades relacionadas com a redução de custos. Assim, espera-se que com as baterias mais económicas, consiga oferecer uma margem de lucro atraente.