A Noruega tem estado na vanguarda da adoção de carros elétricos e, agora, está interessada em dar cartas na indústria das baterias. Assim sendo, a Morrow Batteries inaugurou a primeira unidade de produção de células de bateria do país, e planeia entregar as primeiras unidades até ao final deste ano.
A Morrow Batteries inaugurou, na sexta-feira, a primeira unidade de produção de células de bateria da Noruega, na costa sul do país. A startup pretende entregar as primeiras unidades até ao final do ano e aumentar a produção ao longo do tempo.
O importante é começarmos a vender baterias mais perto do final do ano.
Disse Lars Christian Bacher, diretor-executivo da empresa, à Reuters.
Com a energia verde a ganhar mais espaço e a necessidade de os europeus se afastarem da dependência da China, a produção de células é uma indústria na qual a Noruega poderá ter sucesso, conforme teorizado pela Reuters.
Fundada em 2020, a Morrow Batteries utilizará inicialmente a tecnologia existente de fosfato de ferro-lítio (LFP) na sua fábrica em Arendal, no sul da Noruega.
Com um contrato de fornecimento de 5,5 gigawatts-hora (GWh) ao longo de sete anos com a Nordic Batteries, que constrói soluções de armazenamento personalizadas, os primeiros meses da nova fábrica serão dedicados a ajustar o processo, a melhorar a qualidade e a obter uma produção estável de células de bateria, segundo o diretor-executivo.
Prefiro ter problemas quando se está a iniciar o processo do que ter problemas dois anos depois, quando se está a produzir de forma estável.
Cada uma das células da Morrow tem uma capacidade de 340 watts-hora e pesa 2 kg, sendo que a produção anual de 1 GWh da fábrica equivale a cerca de três milhões de unidades.
Segundo Andreas Maier, diretor de operações da Morrow, este número seria suficiente para equipar 20.000 automóveis elétricos mais pequenos, que normalmente têm uma capacidade de bateria de 50 quilowatts-hora.
Apesar da ambição, “serão necessários anos para nos qualificarmos para vender baterias a uma empresa automóvel”, uma vez que os volumes de produção são, ainda demasiado pequenos.
Os primeiros investidores na Morrow incluem a empresa de serviços públicos local A Energi, as empresas de engenharia ABB e Siemens, os fundos de pensões dinamarqueses PKA, e a empresa estatal norueguesa de investimento ecológico Nysnoe.