Quando falamos em carros elétricos, é normal pensarmos em primeiro lugar na Tesla de Elon Musk. No entanto este mercado tem evoluído significativamente, o que leva a que mais empresas estejam também a querer ter uma participação.
Neste sentido, a fabricante chinesa de carros elétricos Nio anunciou agora que vai começar a fabricar baterias que ela mesma desenvolveu a partir do ano de 2024.
Nio vai começar a fabricar as suas baterias
A fabricante chinesa de carros elétricos Nio referiu que a partir do ano de 2024 vai começar a fabricar baterias de alta tensão que ela mesma desenvolveu. Esta iniciativa tem como objetivo melhorar a sua lucratividade e competitividade com outras marcas rivais deste ramo, nomeadamente a Tesla.
De acordo com as informações avançadas pela Reuters, o presidente da empresa chinesa com sede em Xangai, William Li, disse aos analistas nesta quinta-feira (9) que pretende começar a produzir uma bateria de 800 volts no segundo semestre de 2024.
Atualmente, grande parte dos carros elétricos funciona com baterias de 400 volts, no entanto outros veículos, como os elétricos Taycan da Porsche, são alimentados com baterias de iões de lítio de 800 volts, as quais recarregam mais rapidamente.
A Nio tem atualmente mais de 400 trabalhadores na área da pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de baterias. E de acordo com o presidente, a empresa pretende usar uma combinação de baterias autoproduzidas e de fontes externas a longo prazo, algo parecido ao que a Tesla já faz.
Li disse ainda que a Nio pretende usar as baterias autoproduzidas para a sua nova linha, que deverá estar pronta para venda no segundo semestre de 2024. Os novos modelos devem custar entre 200.000 a 300.000 yuans, algo como 28.000 e 42.500 euros.
O presidente avançou ainda que os custos das baterias aumentaram neste segundo trimestre, após a renovação, no mês de abril, de um contrato com a sua única fornecedora de baterias, a CATL. E adiantou também que o seu prejuízo líquido caiu para 1,8 mil milhões de yuans no 1º trimestre, comparativamente aos 4,9 mil milhões no ano anterior.
Por outro lado, a empresa prevê entregar entre 23.000 e 25.000 carros no final do trimestre, que encerra a 30 de junho. E esta quantidade ficará abaixo dos 25.768 registados nos primeiros três meses do ano, o que é uma consequência dos bloqueios originados pelos novos surtos de COVID-19 em Xangai.