Com o aproximar das eleições para o Parlamento Europeu e o avançar da investigação que a Comissão Europeia está a conduzir para decidir as potenciais taxas sobre os carros elétricos chineses, os “bitaites” acumulam-se, como é habitual. Desta vez, a opinião foi dada pelo antigo diretor-executivo do Grupo Volkswagen, Herbert Diess.
Por via de uma investigação que tem a decorrer há alguns meses, a Comissão Europeia poderá aumentar as taxas aduaneiras associadas aos carros elétricos oriundos da China, em breve. Conforme já abordámos, esta iniciativa europeia deve-se à desconfiança de que as fabricantes chinesas conseguem preços surpreendentemente competitivos, porque beneficiam de apoios governamentais.
Segundo o Automotive News Europe, as previsões ditam que a Comissão Europeia tomará uma decisão em breve, logo após as eleições para o Parlamento Europeu.
À medida que as tensões se acumulam, pela potencial decisão europeia, aumentam as especulações relativamente ao impacto que esta poderá ter.
Se este conflito ficar fora de controlo e for longe demais, o mundo inteiro vai sofrer muito.
Disse Herbert Diess, antigo diretor-executivo do Grupo Volkswagen, afirmando que o agravamento da polémica comercial entre a China e o Ocidente irá alimentar a inflação e atrasar a transição para uma economia mais limpa.
Durante uma conferência organizada pela BloombergNEF, em Munique, Diess opinou que a China conseguiu reduzir radicalmente o custo da energia solar e das baterias, além de já estar a sofrer com as barreiras comerciais impostas pelos Estados Unidos.
Na perspetiva do atual presidente da fabricante de chips Infineon Technologies, o mundo deveria estar “muito satisfeito” com o facto de a China ter investido tanto em tecnologias de energias renováveis, incluindo células solares, nos últimos anos: “Não creio que nenhum outro país pudesse ter aumentado tanto a sua escala e a um preço tão baixo”.
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