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easyJet quer reformar o espaço aéreo europeu para reduzir emissões de CO2

A reforma do espaço aéreo europeu permitiria reduzir as emissões de CO2 em 10% por ano, segundo estimativas da companhia aérea britânica easyJet.


Tendo por base um estudo das suas próprias operações, efetuado recorrendo a Inteligência Artificial, a easyJet defende que a modernização do espaço aéreo europeu poderia ajudar o setor da aviação a eliminar 18 milhões de toneladas de emissões de dióxido de carbono por ano.

A companhia aérea britânica monitorizou cada um dos seus voos durante um período de 12 meses, e a análise dos dados mostra que as “ineficiências do espaço aéreo”, em toda a Europa, causaram um aumento de 10,6% nas emissões de CO2.

Se a EasyJet conseguisse voar a direito e à altitude correta, amanhã queimaria menos 10% de combustível, o que para nós representa cerca de 663.000 toneladas de emissões de CO2.

Se extrapolarmos isso para toda a aviação europeia, serão menos 18 milhões de toneladas de CO2.

Explicou Johan Lundgren, diretor-executivo da easyJet, num evento na Universidade de Cranfield, a 4 de setembro.

A easyJet revelou que a “proporção significativa desta eficiência” ocorre em torno do espaço aéreo terminal, particularmente durante a descida, “em grande parte devido a um espaço aéreo inferior desatualizado ou mal concebido”.

Embora o problema se verifique em toda a Europa, a companhia aérea afirma que “as maiores ineficiências” se verificam no Reino Unido, com sete das 10 rotas menos eficientes a chegarem ao aeroporto de Londres Gatwick, a principal base da easyJet no país.

 

easyJet quer resolver o problema das emissões unindo os Estados-membros

Na perspetiva de David Morgan, diretor de operações da easyJet, a reforma do espaço aéreo é a “forma mais rápida” de reduzir as emissões de CO2.

O avanço da tecnologia de navegação de voo é tal que poderíamos estar a conseguir enormes poupanças de emissões quase de imediato. Infelizmente, os corredores de navegação que utilizamos atualmente… pouco evoluíram desde os anos 50 e baseiam-se em tecnologias que são francamente obsoletas.

Focada nesta reforma que acredita ser uma solução, a EasyJet irá colaborar com “Estados individuais, fornecedores de serviços de navegação aérea e aeroportos, de modo a identificar formas de resolver estas ineficiências”.

As alterações propostas pela easyJet incluem a atribuição de um mandato mais alargado ao Eurocontrol. Esta é “a autoridade que atualmente se senta e regula o fluxo, mas não controla a forma como se voa”, conforme esclareceu o diretor-executivo da companhia aérea. Por isso, “precisa de ter um maior controlo”.

 

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