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China: Dependência da importação de chips para automóveis já é maior do que a de petróleo

Já praticamente ninguém tem dúvidas de que o segmento dos carros elétricos já está forte e firmemente implementado no mercado dos automóveis, sendo que cada vez mais é frequente vermos estes carros nas estradas em todo o mundo.

No entanto, tal também implica um aumento de stock de componentes para servir e alimentar estes e outros veículos no geral. E segundo as mais recentes notícias, na China, a dependência da importação de chips para automóveis já é maior do que a dependência de petróleo.


Dependência de chips para carros na China é superior à de petróleo

Para entendermos parte desta informação, é importante recordarmos que a pandemia da COVID-19 promoveu sérios problemas na indústria tecnológica ao nível da produção e stock de componentes eletrónicos. Estes mesmos componentes eram dstinados a vários segmentos, entre eles o mercado dos automóveis.

Atualmente, embora a situação esteja um pouco melhor, ainda se verificam alguns problemas neste setor, que são agora agravados pela guerra da Rússia contra a Ucrânia, pela inflação, entre outros problemas, que acabam por condicionar a produção de chips e levam as fabricantes a fazer cortes na sua produção, até porque o próprio preço das peças aumentou exponencialmente.

Mas, a indústria automóvel da China, por exemplo, ainda depende bastante de chips importados. E nesta sexta-feira (23), durante o Fórum China New Energy Vehicle Development, Shan Jizhang, fundador e CEO da empresa Black Sesame Intelligence, disse que “relatórios relevantes dizem que a dependência externa dos chips para automóveis da China já excede a sua dependência de petróleo. Ainda dependemos do petróleo externo em cerca de 70%, mas a dependência dos chips para automóveis chegam aos 95%, e a dependência é muito grande“.

Keizhang diz também que o padrão global da indústria dos chips para automóveis está a mudar e que as fabricantes chinesas têm grandes oportunidades. O CEO diz mesmo que as empresas da China estão ao mesmo nível das principais gigantes do mundo. Segundo o executivo:

No passado, o chip de 40 nm no carro já era um processo muito avançado. No entanto, agora temos chips de 7 nm nos carros. Não demorará muito para que tenhamos chips de 5 nm ou até mesmo de 3 nm. A Nvidia lançou recentemente um chip de 4 nm. Todos atendem ou até excedem os requisitos do processo de fabrico de produtos eletrónicos de consumo.

Esta dependência externa da China também poderá assim abrir portas para que o país asiático aposte e até incremente a sua capacidade de produção para este segmento.

Já no início deste ano, Yu Chengdong, executivo de negócios de consumo da Huawei, disse numa entrevista que, quando entrou neste mercado, desconhecia a dimensão da escassez de componentes para o segmento automóvel. Para além disso destaca que estes chips acabam por ser muito caros.

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