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China está a exportar cada vez mais elétricos… e a encomendar mais navios para transportá-los

A China está a crescer em matéria automóvel e a sua abordagem tem dado frutos. A par do aumento das exportações de modelos eletrificados, porém, está o aumento da procura por novos navios de transporte de automóveis.


Conforme noticiado pela Reuters, as fabricantes de automóveis e as transportadoras chinesas estão a encomendar um número recorde de navios de transporte de automóveis, por forma a dar resposta ao aumento das exportações de carros elétricos. Este crescimento está a encaminhar o país para acumular a quarta maior frota do mundo até 2028.

Segundo dados da empresa de consultoria Veson Nautical, atualmente, a China tem a oitava maior frota do mundo, com 33 navios de transporte de automóveis. Antes dela, destaca-se o Japão, com a maior frota do mundo, com 283 navios, seguido da Noruega com 102, da Coreia do Sul com 72 e da Ilha de Man com 61.

Embora não ocupe um lugar de destaque, as empresas chinesas têm 47 navios encomendados, o que representa um quarto de todas as encomendas, mundialmente. De entre os compradores estão empresas como a SAIC Motor, a Chery Auto e a BYD, bem como as transportadoras COSCO e China Merchants, estas em nome de fabricantes.

Depois de esta entrega chegar à China, a frota controlada pelos chineses passará dos atuais 2,4% para 8,7%. Esperamos ver novas rotas comerciais estabelecidas quase exclusivamente para fabricantes de automóveis chineses.

Partilhou Andrea de Luca, analista da Veson Nautical.

No ano passado, a China ultrapassou o Japão como o maior exportador de automóveis, fruto de uma expansão estratégica para mercados nos quais os seus carros são verdadeiramente competitivos. Aliás, só a BYD exportou mais de 240.000 automóveis em 2023, cerca de 8% das suas vendas globais, e planeia exportar até 400.000 este ano.

A combinar com os dados da Veson Nautical estão as conclusões da consultora de transporte Clarkson: no final de 2023, a taxa diária para alugar um transportador de 6500 veículos atingiu 115.000 dólares, mais de sete vezes a média de 2019. Este aumento, aliado aos apoios fornecidos pelo governo, incentivaram as fabricantes de automóveis a comprarem os seus próprios navios.

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