Pela Internet, têm circulado imagens insólitas daquilo que poderia ser um aterro para carros elétricos, na China.
Isto é um campo com cerca de 10 mil carros elétricos a apodrecer.
Quem o diz é o criador de conteúdo serpentza, no YouTube, enquanto são mostradas imagens do que parece ser, efetivamente, um aterro para carros elétricos. O vídeo, publicado no dia 15 de junho, já reúne mais de dois milhões de visualizações.
China está a livrar-se de milhares de elétricos
Aparentemente, nos últimos dias, têm circulado imagens de parques enormes repletos de carros elétricos novos, deixados “ao deus-dará”. Para os meios de comunicação social, uma das justificações prende-se com a prática de inflacionar os números de produção, por forma a conseguir subsídios públicos associados aos carros elétricos.
Além disso, os órgãos também sugerem que esses (chamemos-lhe) aterros são resultado de programas de partilha de automóveis que, entretanto, terminaram.
Conforme lamenta serpentza, além do prejuízo ambiental para produzir os carros, depois, ainda os “deixam a apodrecer num parque”.
E, claro, agora, vão criar ainda mais estrago ambiental, pois vão ficar ali o tempo que for, com todos os químicos e as baterias dentro deles.
Segundo a pessoa que filmou um dos conteúdos exibido e traduzido por serpentza, os carros mostrados são modelos de 2021 da BYD, e têm menos de 50 km percorridos. Além disso, estão matriculados e possuem licença.
É absurdo, mas os carros elétricos não caíram do céu
A enchente de carros elétricos nesses parques, na China, poderá dever-se, por um lado, como vimos, à inflação da quantidade de veículos produzidos. Isto, porque quase todos os modelos, além de estarem matriculados, como já vimos, ainda têm os plásticos protetores.
No vídeo, serpentza explica que, para receberem os subsídios, as fabricantes precisam de apresentar determinados números de vendas. Então, aldrabam esses valores e, no fim, os carros acabam parados, em parques de estacionamento, durante meses a fio.
Depois, poderá explicar-se pelo sucesso da partilha de automóveis, que ganhou maior dimensão, em 2019. Apesar da avalanche de oferta, não demorou até que o negócio perdesse o impulso e, como resultado, os carros fossem despejados.