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CEO da Renault diz que mudar para elétricos muito cedo pode prejudicar o ambiente

A cimeira organizada pelo Financial Times trouxe-nos um poço de declarações de alguns responsáveis por marcas com as quais estamos muito familiarizados. A par de outros, o CEO da Renault também aproveitou o momento para dizer que, se a transição para uma mobilidade elétrica acontecer muito cedo, pode prejudicar o ambiente.

As declarações contradizem o que temos vindo a ler relativamente às vantagens da mudança.


Para muitos, mudar para carros elétricos é a solução mais eficaz para o bem do meio ambiente. Contudo, a par de outras declarações feitas pelos cabeça de grandes empresas, o CEO da Renault Luca de Meo revelou que, se a transição para uma mobilidade elétrica acontecer demasiado cedo, o ambiente poderá, na verdade, sair prejudicado.

Foi durante a cimeira organizada pelo Financial Times, “Future of the Car”, que o CEO da Renault partilhou que uma mudança repentina e rápida para uma mobilidade totalmente elétrica não é a resposta para a suposta salvação do planeta. Isto, porque investir todo o dinheiro em tecnologias para os elétricos iria fazer com que os investimentos em motores de combustão fossem cortados, tornando-os mais poluentes.

A primeira coisa que quero dizer é que a Renault está obviamente muito empenhada nos veículos elétricos. Começámos muito cedo aqui, e continuamos a acreditar que os veículos elétricos e talvez o hidrogénio podem ser uma boa solução para algumas aplicações.

Mas se olharmos para os dados, é evidente que as vendas de motores de combustão – incluindo os híbridos – ainda não atingiram o seu auge. Há desafios, através de perspetivas sociais, financeiras e ecológicas que devem ser considerados.

Disse Luca de Meo, que não é o primeiro a alertar relativamente à mudança para uma mobilidade elétrica demasiado rápida, embora as empresas estejam a trabalhar nesse sentido.

Aliás, o CEO da Volkswagen também já havia dito que poderá ser demasiado cedo para uma mudança tão brusca como aquela que tem vindo a ser sugerida, por exemplo, no caso da Europa. Durante a cimeira do Financial Times, Herbert Diess explicou que, apesar de a procura do cliente existir, a infraestrutura que lhe dará resposta ainda não está pronta.

Da mesma forma, o CEO da BMW também mencionou, há uns meses, que a transição para elétricos protagonizada pela sua fabricante e por outras alemãs não ajudaria o clima.

 

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