A pandemia COVID-19 colocou muitos setores da atividade económica em crise. O turismo, a restauração e o setor automóvel, foram daqueles que mais perdas registaram com a total quebra de vendas em muitos países, nomeadamente em Portugal.
No que respeita ao segmento automóvel, as perdas foram enormes em toda a Europa, mas parece que há uma pequena esperança nos carros elétricos.
Os fabricantes e vendedores de automóveis tiveram um mês de abril que arrasou completamente o negócio. Em Portugal, por exemplo, apenas foram fabricados 1.238 automóveis e, pela primeira vez, não foram produzidos carros comerciais ligeiros. Isto representa uma quebra de 95,7% face ao período homólogo.
Segundo dados da Jato Dynamics, a 16 de março, as vendas de automóveis foram suprimidas de forma total, o que contribuiu para uma quebra de 57% das vendas de carros em Portugal, só no mês de março, quando comparado com março de 2019. Na Itália, grande produtora de carros e onde o vírus chegou primeiro, as quebras de vendas de carros no mesmo período ascendeu aos 86%.
O estudo indica que neste período as vendas de automóveis caíram para níveis alcançados há 38 anos. Além disso, de uma forma global, os registos de carros de passageiros teve uma quebra de 52%.
Carros elétricos continuam a ser vendidos
O cenário não é de todo animador. A pandemia deixou marcas que, em alguns casos, não serão reparáveis. Além disso, há uma mudança importante a acontecer à qual as fabricantes devem estar atentas. Há cada vez mais pessoas a procurar carros elétricos e plug-in híbridos. No caso dos plug-in híbridos registou-se mesmo um ligeiro aumento das vendas na Europa.
Em abril de 2019, os carros elétricos representavam 7% dos veículos existentes. Agora, esse valor na Europa, ascende aos 17%.
De uma forma global, o Tesla Model 3 foi o elétrico mais vendido na Europa e também o segundo carro mais vendido, ficando apenas atrás do Volkswagen Golf.
A redução das emissões de gases com efeito estufa continua a ser uma meta para a Europa e tal tem contribuído para a escolha de carros menos poluentes, o que justifica também esta tendência.