As fabricantes de carros elétricos estão em guerra de preços, tentando ir ao encontro da carteira de uma parcela maior de potenciais clientes. Depois de assinar um acordo para assegurar uma “concorrência saudável”, a Associação Chinesa de Fabricantes de Automóveis (em inglês, CAAM) foi forçada a recuar.
A “concorrência saudável” parece estar a ser difícil de conseguir, na medida em que a estratégia de muitas fabricantes de carros elétricos está, exatamente, nos “preços anormais”. Aliás, na perspetiva do CEO do Grupo Volkswagen na China, Ralf Brandstätter, estamos perante uma enorme pressão económica, que poderá ser fatal para as marcas mais jovens e menos preparadas.
Por forma a estabilizar o mercado em imparável expansão, as fabricantes de carros elétricos chinesas, assim como a Tesla, juntaram-se, por forma a evitar a guerra de preços e a promover a “concorrência saudável”.
Apenas dois dias depois da chegada a acordo, a CAAM foi forçada a recuar, reconhecendo que este não cumpre com a legislação existente. Conforme explicou, numa declaração publicada no seu website, apesar de o ter promovido, o compromisso assumido pelas 16 fabricantes viola a lei antitrust da China.
Assim, a CAAM incentivará as marcas a competir de forma justa, com preços independentes. Ou seja, as tréguas oficiais acabaram.
O acordo havia sido assinado pelas chinesas Dongfeng, FAW, SAIC, BAIC, Changan, GAC, Chery, JAC, Geely, Sinotruk, Great Wall, BYD, NIO, Li Auto e Xpeng, e pela americana Tesla – embora não seja uma empresa chinesa, é uma das principais fabricantes de carros elétricos da China e é, de certa forma, responsável pela guerra de preços que se instalou.