Xubuntu 15.04 Vivid Vervet – Conheça todas as novidades

cypolaris says:

A questão não se prende com ser uma versão final do Windows ou não.
A questão prende-se com um procedimento de instalação de raiz.
Aquilo que eu descrevi aconteceria da mesma forma se eu instalasse a imagem genérica do Windows 7, já contando os últimos Service Packs e tudo, em vez de instalar a imagem configurada do fabricante do portátil.
Da mesma forma, já fiz instalações do Ubuntu com imagens em fase alpha e beta e correram tão bem quanto uma instalação com a versão final LTS.
E não é uma crítica, é uma mera constatação. Passo a explicar.

Este argumento de que o GNU/Linux é para “nerds” parte normalmente de pessoas que se limitam a usar uma imagem do Windows que vem pré-instalada nos seus portáteis, a qual é devidamente configurada pelo fabricante, ao nível do firmware e drivers, garantido um maior grau de optimização e o melhor desempenho e autonomia possível naquela máquina em concreto, sem nunca sequer passarem pela terrível experiência de fazer a instalação do Windows com uma imagem genérica e limpa que não tenha sido previamente preparada e optimizada para correr nessa máquina e aí sim, estabelecerem comparações minimamente justas com o Ubuntu.

É preciso não esquecer que a esmagadora maioria das pessoas tenta instalar o Ubuntu em máquinas que vêm com o Windows pré-instalado. Vai daí, se por algum infortúnio a uma das funções FN para ajustar o brilho do ecrã não funciona ou se a bateria dura menos 30 minutos, ou se ao fechar a tampa o portátil não suspende, essas pessoas têm o péssimo hábito de desatar a fazer críticas ao Linux no seu geral, alegando que o Windows dá muito menos dores de cabeça e que para se usar Linux é preciso ser um “nerd virgem sem vida própria” e tirar um curso sobre terminologia da linha de comandos.

Das duas uma: ou as pessoas compram um portátil com Ubuntu pré-instalado (e já existem alguns fabricantes a fazê-lo – Dell, Lenovo, System76) e verificam que na realidade tudo funciona tão bem e sem stresses quanto num portátil com Windows, uma vez que nesse caso o fabricante optimizou o Ubuntu para correr nesse modelo, ou então que ao menos experimentem por uma vez na vida a instalar a imagem genérica do Windows de raiz na sua máquina, tal como é hábito fazer com o Ubuntu e aí sim, fazer comparações. No segundo caso, irão chegar inevitavelmente à conclusão que instalar o Ubuntu é mais fácil, simples e rápido.

Para não falar que há muitos menos dores de cabeça após a instalação, designadamente no caso de uma distribuição como Ubuntu ou Linux Mint, já virem incluídos todos os programas necessários para a grande maioria das necessidades (suite de produtividade, reprodutores de áudio, vídeo, DVD e Blu-Ray, browsers, clientes de torrent, Adobe Flash e tudo mais), além das dezenas de milhares de outras aplicações instaláveis a partir de um repositório central à distância de um clique e ainda não ter de instalar antivírus. Já no Windows é preciso ainda de site em site a tirar as instalações dos vários programas e ter que reiniciar o PC diversas vezes devido ao Windows update.

Ou seja, na prática, instalar Windows = 1 dia perdido; instalar Ubuntu = 30 minutos tá tudo pronto a usar. E não venham dizer que não, pois já tive de formatar e instalar Windows dezenas de vezes para familiares e amigos. Sei bem do que estou a falar e sei bem do tempo que já tive de perder nisso.