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LinuxDeluxe – Descubra locais onde existe Linux em Portugal

Depois de aqui termos deixado a compilação dos 50 locais onde existe Linux, e posteriormente alguns locais onde o SO existe no Brasil, decidimos fazer também uma pesquisa acerca dos locais onde o sistema operativo OpenSource actua no nosso país.

Iremos apresentar 10 locais portugueses que preferiram o Sistema Linux desenvolver o seu trabalho, e no final se viram satisfeitos com os resultados obtidos.

A pesquisa foi longa, mas os locais foram aparecendo. Mas a verdade é que Linux é cada vez mais uma aposta nas empresas de todo o Mundo. Em Portugal, segundo um estudo de 1999 levado a cabo pela IDC, somente 5% dos servidores corriam Linux. Mas passamos 7 anos, em 2006, essa percentagem aumentou para 26%, e a ICD indicou que “Linux tem vindo a ganhar quota de mercado”.

Vamos então conhecer algumas das empresas que, em Portugal, utilizam Linux.

 

1. PORTUGAL TELECOM

A nossa grande empresa de telecomunicações e multimédia, Portugal Telecom, ou simplesmente PT, é uma das que adoptou pelo sistema operativo OpenSource Linux. A empresa utiliza como distro Linux o Red Hat de forma a ter uma  infra-estrutura com normas abertas e para “beneficiar das inovações em tecnologia OpenSource e alavancar a certificação global da plataforma e suporte em todo o ecossistema robusto de hardware certificado e de plataformas de software”.  Conforme indica o gestor de TI da Portugal Telecom, a utilização do Red Hat na PT possibilitou que toda a complexa e exigente infra-estrutura tecnológica da empresa conseguisse oferecer uma mais ampla qualidade de serviços que os seus clientes necessitam.[via]

2. SUMOL + COMPAL

Depois que a Sumol e a Compal decidiram fundir as suas empresas, surtiu a necessidade de implementação de uma infraestrutura de IT uniforme que decorresse através de um processo com o mínimo de operações. A opção da Sumol+Compal foi a instalação da distribuição Suse Linux Enterprise Server, para que suportasse as suas principais aplicações corporativas e assim beneficiar de custos mais baixos em consonância com uma elevada disponibilidade, flexibilidade e segurança. Segunto Luís Gravato da Sumol+Compal, “…O SUSE Linux Enterprise Server foi uma das nossas primeiras opções […] Quando descobrimos que a flexibilidade do SO da Novell nos permitia utilizá-lo em quase todos os tipos de hardware, a sua escolha tornou-se na opção mais lógica. […]” A migração para a distro teve a duração de apenas 3 meses, sem perturbações.

Com o SUSE Linux Enterprise Server, a SUMOL+COMPAL dispõe de total liberdade de escolha quanto à futura plataforma de hardware para o seu software SAP; além disso, poderá recorrer à comunidade activa de utilizadores de código aberto e aos recursos técnicos da Novell para obter a melhor assistência. [via]

3. FACULDADE DE ENGENHARIA DA UNIVERSIDADE DO PORTO – FEUP

A FEUP não se fica apenas pels utilização do Linux como também foi autora de uma distribuição do SO OpenSource. O software designa-se por Ubuntu Edição FEUP e teve origem depois do projecto “Linux para PCs: que distribuição usar na FEUP?”. Assim foi criado o Ubuntu Edição FEUP, que tem como objectivo ser instalado nos cerca de 1000 computadores das salas de informática e anfiteatros da FEUP que sejam geridas pelo Centro de Informática, e nos computadores dos utilizadores como docentes e funcionários.  A criação conta já com três distribuições, o FEUP Salas, o FEUPLive, e o FEUPVirtual, disponíveis para download aqui. [via]

 

4. PARTIDO COMUNISTA PORTUGUÊS – PCP

O PCP, Partido Comunista Português, é outra entidade portuguesa que usa, promove e apoia o software OpenSource. No conhecido evento da Festa do Avante, o Partido reserva um espaço para as Tecnologias da Informação e Comunicação, onde dá a conhecer a distribuição Linux que apoia, o Komunix.

O Komunix 1.0 começou por ser baseado em Knoppix, sendo apenas necessário CD para disfrutar do SO. A distro tem sido actualizada quase anualmente e a mais recente é o Komunix 5.0, já baseado em Ubuntu. As distribuições contêm várias aplicações, desde processadores de texto, clientes de e-mail, browsers, e gravadores de CD. Na Festa do Avante são disponibilizados CDs com as distribuições gratuitamente. Em 2007, o PCP havia também proposto o aumento da utilização do OpenSource na Assembleia da República. [via]

5. ZON

A ZON é uma das grandes empresas portuguesas a aderir ao software OpenSource. Os cinemas Lusomundo são um dos locais onde a empresa migrou os seus computadores para Linux. Os computadores tácteis utilizados pelos funcionários dos Cinemas, estão equipados com Linux Caixa Mágica, projecto desenvolvido também em parceria com a IBS e de forma a obter uma melhor performance com custos e efeitos de mudança reduzidos. [via].

6. MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

Uma das fortes entidades a utilizar Linux é o Ministério da Justiça, que adoptou o SO OpenSource na Direcção-Geral da Administração Extrajudicial (DGAE), no Gabinete de Política Legislativa e Planeamento (GPLP), no Gabinete do Secretario de Estado da Justiça e ainda no Gabinete do Secratério de Estado Adjunto da Justiça. A distribuição escolhida para dar resposta a estes serviços foi o Linius, projecto português desenvolvido em parceria com o ISCTE e baseado na Caixa Mágica. O projecto tem como objectivo reduzir os custos em tecnologias de informação. Em 2005 o projecto foi desenvolvido e já em 2006, mais de 26 computadores, 72% do total, funcionavam com Linius na DGAE, ao passo que a GPLP contava com 60% do total, ou seja, mais de 74 computadores migrados. [via]

7. INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA

O Instituto Nacional de Estatística, INE, é mais uma forte entidade portuguesa a apostar na utilização do software livre. O projecto para a migração teve início em 2005, e o INE começou por efectuar a instalação de Linux nos mais variados serviços. O Sistema Operativo Windows foi substituido por alternativas OpenSource, como o Samba para gestão de partilha de ficheiros e impressoras, o OpenDAR para gestão de utilizadores, Oracle para a base de dados, proxy para controlo de acessos web, sistema de anti-virus e anti-spam na gateway de email, Firewall, servidor VPN com autenticação de utilizadores e controle de acessos, servidores Linux com 3 a 6 Tb em discos SATA, servidor Jabber com SSL e gateways de acesso ao MSN, ICQ e Yahoo, utilização do OneOrZero para helpdesk centralizado e ainda a preferência por software livre como Firefox, DIA, FileZilla, 7zip, WinSCP, PDFCreator, Gimp, entre outros.

Estas alterações permitiram que o INE obtivesse uma dimunuição de custos de licenciamento, contratos e manutenção, flexibilidade, disponibilidade, produtividade e robustez, aumento da capacidade e performance do sistema, diminuição dos requisitos de largura da banda, dimunuição de incidentes de segurança e interoperabilidade, isto é, facilidade e capacidade dos sistemas comunicarem entre si. [via]

 

8. GRUPO PNEUMOBIL

A Pneumobil é uma empresa portuguesa de pneus, formada por quatro oficinas situadas em Lisboa e no Porto e um escritório central em Lisboa. Especializada em pneus e serviços de mecânica rápida, a Pneumobil pretende ser uma referência, na área, em Portugal. Talvez por isso também esta organização tenha preferido Linux para os seus sistemas informáticos. A migração para o SO OpenSource iniciou-se nos postos de trabalho das oficinas, onde os sistemas anteriores falhavam constantemente. A Pneumobil passou a utilizar SO Linux com OpenOffice, Firefox, Kmail e uma configuração ADSL bridge mode. A empresa procedeu também à centralização dos serviços de email, Internet e migração de postos de trabalho da administração e implementação de gateway e fax. A aposta em Linux trouxe à empresa inúmeras vantagens, tais como uma maior estabilidade e segurança, um menor número de falhas e mais rapidez na resolução dos problemas. [via]

9. BBVA BANCOMER

O BBVA Bancomer, ou Banco Bilbao Vizcaya Argentaria, é a maior instituição financeira do México. Tem mais de 7500 sucursais espalhadas por 37 países, e cerca de 35 milhões de clientes. O BBVA encontra-se também em Portugal, e é mais uma das grandes entidades a utilizar o Sistema Operativo Linux. O Banco apostou na competetividade do MindTheBox, e implementou-o em 6700 utilizadores concorrentes através de um cluster com 100 servidores Linux com alta disponibilidade e redundância. Esta opção permitiu que a organização obtivesse uma maior flexibilidade em relação aos sistemas operativos, criasse ambientes controlados para diversos géneros de utilizadores, conseguisse reduzir custos, e ainda obtivesse uma maior segurança e eficiência na gestão de hardware. Através da implementação do Linux Terminal Server, pela dri, o banco passou a centralizar todas as aplicações dos computadores clientes, e as operações foram geridas, suportadas e executadas pelo servidor. [via]

10. EXÉRCITO PORTUGUÊS

O nosso Exército adoptou Linux para colmatar a necessidade existente do controlo de acesso à Internet, distribuída com gestão e monitorização centralizada. Assim, a solução encontrada para este caso foi a implementação da Appliance CAMES, um sistema desenvolvido com base em Linux, levada a cabo mais uma vez pela Caixa Mágica. O sistema foi aplicado em todos os locais onde o exército executa funções, num total de 159 Appliance CAMES, e tem como finalidade controlar o acesso à Internet. O Exército possui assim um sistema que monitoriza o estado de funcionamento dos sistemas remotos, uma tecnologia nacional adaptada às suas necessidades, e uma rede descentralizada com vários pontos de acesso à Internet, e gestão e monitorização centralizadas. [via]

Existem decerto muitos outros locais, empresas e organizações portuguesas a utilizar Linux, e talvez este artigo posso vir a ter uma segunda/terceira edição. Em Portugal o número de distribuições Linux é notável, bem como a qualidade das empresas que de esforçam para promover a utilização do Software Livre nas organizações, como é o caso da ESOP.

Qual o local que mais vos surpreendeu? Conhecem outros? E qual a organização portuguesa onde seria pertinente a migração para Linux?

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