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China continua a insistir na independência tecnológica com o seu próprio hardware e Linux

A China tem insistido na independência tecnológica. Para isso, o país trabalha no desenvolvimento dos seus próprios sistemas operativos, e também no seu Hardware. Um exemplo disso é a aposta feita no desenvolvimento de processadores, ecrãs, e tudo o mais que os desligue da dependência americana ou europeia.

Numa altura que parece estratégica, alguns meios de comunicação do país reafirmam que a China está prestes a conseguir esta tal independência.


China quer software e hardware dos EUA fora de portas

muitos anos que se fala da intenção da China alcançar a independência tecnológica. Atualmente há até mais motivos em relação ao seu principal concorrente, os Estados Unidos. A China quer o seu hardware e software. Nesse sentido, a estratégia parece estar a ser conseguida em vários segmentos.

Conforme temos visto ao longo dos anos, a gigante asiática já tentou por várias vezes proibir a utilização do Windows. Das últimas tentativas o prazo definido era o ano 2020. Nesta altura, era o fim do uso do Windows na administração pública. Agora, fontes referem que pode não ser em 2020, mas será pouco tempo depois.

De acordo com o portal de informação chinês, Abacus, a China estará bem lançada no desenvolvimento e aperfeiçoamento dos seus próprios microchips – embora eles não sejam tão sofisticados quanto os americanos. No entanto,  no que diz respeito ao sistema operativo que correrá nesse hardware,  a escolha continua baseada no Linux. Especificamente, a distribuição Unified Operating System (UOS), cujo mais significativo avanço recente teria sido capaz de arrancar em 30 segundos em equipamento produzido dentro de portas.

O sistema operativo UOS tem um aspeto antigo, quando comparado, por exemplo, com o Deepin.

 

Linux “Unified Operating System” vem depois da aposta no Kylin

No passado, os chineses já intentaram substituir o sistema operativo Windows pela distro Linux Kylin, mas não houve grande sucesso. Posteriormente, foram dados mais passos, inclusive houve aquisições de empresas para mudar o paradigma.

Como tal, o UOS não nasce do nada. É desenvolvido pela empresa Union Tech e é baseado na popular distribuição Deepin, bem conhecida no mundo por oferecer um alto nível de experiência de desktop, bem como pelo rápido progresso que fez nos últimos anos. Além disso, esta distribuição goza da fama de “gostar” de software livre básico, mas há aqui algumas contradições.

O aspeto do Deepin tem inspiração no macOS

Enquanto todo o software Deepin, como o kernel Linux, é de código aberto e a base do sistema foi movida há alguns anos para o Debian, a mais importante distribuição comunitária no segmento GNU/Linux na qual outros como o Ubuntu estão baseados, o Deepin também é conhecido por incluir numerosos pacotes proprietários por predefinição, como a suite office chinesa WPS Office. De qualquer forma, este é um pequeno detalhe que não será tão relevante para o assunto.

O facto relevante é que em dezembro de 2019 a Union Tech comprou a Deepin Technology, cujo fundador é agora o responsável da Union Tech, e desde então têm trabalhado na adaptação do software ao hardware nacional, de modo a cumprir as regulamentações governamentais que exigem o abandono de todo o hardware e software estrangeiro em escritórios governamentais e instituições públicas dentro de três anos.

Esta diretiva também foi lançada em dezembro passado, motivada pelo “atual clima internacional” gerado pelo conflito criado pelos Estados Unidos contra Huawei. Além deste desafio, há outros que a China tem enfrentado para não depender dos Estados Unidos. Assim, a edição do Windows 10 China Governmente não vai chegar muito longe.

 

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