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Sony diz que a aprovação do Reino Unido da compra da Activision Blizzard é irracional

Se parecia que o assunto da compra da Activision Blizzard pela Microsoft estava mais calmo, desengane-se. Recentemente a entidade CMA do Reino Unido aprovou temporariamente este negócio, mas agora a Sony reagiu e disse que esta decisão da autoridade reguladora é surpreendente e irracional.


A Microsoft já tentou de tudo para tentar garantir às marcas rivais da sua consola Xbox que os populares jogos da Activision Blizzard, nomeadamente o sucesso Call of Duty, se vão manter nas plataformas concorrentes.

A empresa de Redmond criou mesmo contratos com a Sony, Nintendo e Nvidia para garantir que os títulos vão permanecer nos serviços rivais por mais 10 anos. Para além disso, a empresa também adiantou que 10 anos é mais do que tempo suficiente para que a Sony crie o seu próprio Call of Duty.

Sony considera irracional a decisão da CMA

A compra da Activision está a ser investigada por vários países e entidades, nomeadamente no Reino Unido, Estados Unidos da América e Europa. Contudo, no final do mês de março, a Microsoft recebeu com alegria a decisão da Autoridade de Concorrência e Mercados do Reino Unido CMA de aprovar temporariamente este negócio.

Como seria de prever, esta decisão não foi nada do agrado da Sony que a considera como surpreendente e irracional. Através de um documento enviado à CMA, a empresa da PlayStation 5 disse que “a reversão da CMA na sua posição da sua teoria de prejuízoa a consolas é surpreendente, sem precedentes e irracional”.

A possibilidade de Call of Duty passar a ser um exclusivo da Xbox é uma dos principais motivos do bloqueio à compra da Activision Blizzard pela Microsoft.

A Sony diz que a entidade reguladora teve acesso a uma grande quantidade de dados que comprovam que a aquisição da criadora será prejudicial para o mercado dos jogos. Para além disso, acrescenta que esta conclusão da CMA é baseada “quase exclusivamente num único modelo económico no qual coloca um ‘peso significativamente maior’ do que nas outras evidências disponíveis”.

A empresa japonesa referiu também que se a CMA usasse um modelo adequado, descobriria que a Xbox pode lucrar até três vezes mais com a exclusividade de Call of Duty em comparação com a manutenção da disponibilidade do jogo para a PlayStation.

A Microsoft já reagiu e voltou a afirmar que não tem intenções de tornar CoD num exclusivo para as suas plataformas, dizendo que “conforme a Microsoft explicou através da investigação da CMA, tal estratégia não faz sentido comercial e iria resultar na Microsoft a perder milhões do valor do acordo“.

Espera-se que a entidade reguladora britânica divulgue a sua decisão final sobre a compra da Activision Blizzard no próximo dia 26 de abril de 2023.

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