Análise Naughty Bear
E se o teu melhor amigo não te convidasse para a sua festa de aniversário? E se os teus amigos te ignorassem e não quisessem saber de ti? Como te irias sentir? O que farias?
É precisamente esta a premissa deste arejado e divertido novo título da 505 Games. Apresentando alguns aspectos inovadores e com um cenário bastante paradisíaco, a história acompanha Naughty, um urso de peluche que habita a Ilha da Perfeição, juntamente com os seus amigos. No entanto, nem tudo é perfeito na Ilha da Perfeição, e quando Naughty se apercebe que não foi convidado para a festa de anos dum dos seus amiguinhos, sente-se triste e revoltado com isso, e promete vingança. E a vingança é o prato forte do jogo.
A vingança serve-se fria. Como será a vingança de Naughty?
Gráficos – 7.1
Os gráficos do jogo encontram-se bastante agradáveis. Os níveis do jogo são situados na Ilha da Perfeição, que transpira calor tropical por todos os poros. O ambiente envolvente dos cenários encontra-se bem conseguido e rico, seja pela vegetação luxuriante que nos envolve, seja pelo mar que nos convida a um mergulho, pelas cabanas, ou pelos diversos instrumentos/utensílios/armas espalhados pelo cenário. No entanto, os interiores das cabanas encontram-se demasiadamente despidos. Os peluches que habitam a ilha apresentam-se bem detalhados e com animações credíveis e engraçadas.
As animações dos sustos aterrorizadores ou das Special Kills estão um mimo (pena estarmos a falar de ursinhos de peluche – lá se vai mais um mito de infância).
Som – 6.0
O som, é neste jogo talvez o elo mais fraco. A música que nos acompanha ao longo da navegação nos menus e durante algumas secções do jogo, embora descontraída e suave, acaba por se tornar algo monótona.
Quantos aos efeitos sonoros, estes apresentam-se bem conseguidos nas sonoridades feitas pelos ursos e nos sons das destruições, das agressões, das interacções com os objectos, mas falta-lhes uma outra dimensão de envolvência ou de profundidade.
Jogabilidade – 6.3
Cada cenário apresenta os seus objectivos primários que podem passar por matar todos os ursos aí presentes, ou apenas conseguir assustá-los até determinado ponto, sendo que a dificuldade vai aumentando à medida que se vai evoluindo na aventura. Os próprios ursos, cada qual com a sua personalidade, começam a ser mais desconfiados ao longo do jogo, tornando-se mais difícil apanhá-los distraídos, ou mesmo evitar ser apanhados por eles. Como disse antes, encontram-se espalhados pelos diversos cenários, inúmeros objectos, que vão desde ferramentas, a tacos, machados, catanas, armas, armadilhas, … com os quais se pode interagir e provocar o máximo de pânico e destruição aos preparativos da festa.
Escondidos ao longo dos cenários encontram-se alguns veículos (carros, barcos) que os nossos amiguinhos podem tentar usar para fugir. Uma particularidade bem gostosa destes actos de sabotagem, é que, podemos escondermo-nos nas imediações e quando eles os vierem tentar reparar.
A vegetação é o local onde nos podemos refugiar quando perseguidos, ou quando queremos passar despercebidos, funcionando como ultimo reduto onde apenas alguns ursos com características especiais, tais como os ninjas, nos conseguem encontrar.
No entanto, o jogo apresenta algumas falhas neste capítulo. Embora se tenha a opção de controlar a câmara, a mesma nem sempre responde da melhor forma, o que poderá ser bastante desagradável por exemplo, se estivermos a tentar sair duma cabana recheada de ursos sedentos de sangue, e a câmara teimosamente se manter do lado de fora das paredes.
Existem determinadas situações em que o nosso Naughty fica preso entre objectos e obstáculos do cenário que não o deveriam ser. A mecânica e dinâmica das missões, acaba por se tornar algo repetitiva.
Longevidade - 7.0
Com um modo Singleplayer bastante robusto, ao qual se pode acrescentar um Multiplayer que talvez consiga trazer alguma diversão mais ao jogo, podem-se esperar muitas horas de linchamento de ursos peluche.
Nota Final – 6.6
Embora apresente alguns bons momentos de diversão com alturas de hilariante sadismo e tendo horas e horas de jogo para tal, a vingança de Naughty Bear acaba por ser servida numa temperatura a rondar o estado febril.
O jogo promete bastante nos primeiros capítulos, e em determinadas instâncias até consegue atingir esses níveis, mas devido a alguns irritantes problemas técnicos e a sua demasiada repetitividade acabam por evitar que atinja outras temperaturas. No entanto, fica o aviso: “Não aconselhável a crianças nem a quem ainda dormir com ursinhos de peluche.”
O jogo encontra-se classificado para Maiores de 16.
Plataforma: Playstation 3 Género: Acção Homepage: Naughty Bear Homepage da 505 Games Outras Plataformas: Xbox 360º
Este artigo tem mais de um ano
Se este jogo tivesse juntos dos XBLA ou na PSN iria ter muito mais pontuação do que teve, na minha ideia foi um fail não ter sido lançado como “Arcade”, apesar que o jogo está até muito bom.
boas
para muita gente a psx é melhor consola tive ps2 e agora comprei uma nintendo wii que é simplesmente brutal .. jogos é a discrição basta usar um disco externo via usb e comando e balance board arrumam com a sony de longe … cumps
É diferente, muita é a gente que tem uma PS3 ou uma Xbox 360 em casa e tem também uma Wii, uma coisa não elimina a outra. Não podemos ter todos os mesmo gostos.
Review demasiado favorável lol.
Este jogo foi completamente arrasado pela crítica e a prova disso são os 42% de média no metacritic.
Então só porque os outros dizem que não presta vais aceitar isto como tua opinião? Já experimentaste o jogo?
P.S: Não experimentei o jogo mas não é um aglomerado de reviews que irá formar a minha própria opinião… só vendo
Precisamente por o aglomerado de reviews não ser favorável é que nem sequer me vou dar ao trabalho de usar um dvd-dl e “comprar” o jogo.
Mas posso-te dizer que o jogo está muito bom, não está é na categoria certa, conheces o jogo LIMBO? Jogo simples e já anda no Top 1 dos mais jogados XBLA, esse jogo na XBLA entrava no Top 5 sem dúvida, assim nem pensar.
Caro Pedro Lopes,
As análises feitas aos jogos no PPLWARE são totalmente imparciais e completamente independentes das análises feitas por outros meios de comunicação (seja online, seja escrita).
É claro que uma nota a um jogo depende sempre um pouco de quem a analisa e dos seus critérios e/ou parâmetros mais ou menos apertados, no entanto, e assim não poderia deixar de ser, há critérios que são e serão sempre universais na análise.
De qualquer forma, e como é apanágio do PPLWARE todas as opiniões valem, e claro, a sua é totalmente bem vinda.
De qualquer forma gostaria de acrescentar apenas que acho que este jogo até que nem é mau … aliás, apresenta inclusivamente momentos bastante divertidos, mas torna-se, no entanto mediano por alguns problemas que apresenta, nomeadamente ao nível da jogabilidade e também do som. De resto é um titulo que entretém quem o joga.
São tão raras as análises a jogos que vêm parar ao Pplware, e quando o fazem é sempre a jogos comerciais recentes que já tiveram centenas de análises pelo mundo fora, e já têm muitas análises mesmo nacionais. Por esta razão acho que para aproveitar este talento no mundo dos video jogos, deviam centrar-se em jogos mais desconhecidos, não só os open-source e freeware que já passaram pelo Pplware mas também outros jogos indie (independentes) ou grátis que por aí andam.
É verdade que as análises até à data feitas pelo PPLWARE foram na totalidade feitas a títulos amplamente divulgados e de certa forma mediáticos, no entanto creio que será de todo inconcebível apresentar um projecto de análise de jogos que não o faça.
Em relação a esses outros jogos open-source e independentes que menciona, apenas lhe posso dizer que …. estamos atentos.
De qualquer forma, gostaria de lhe agradecer o comentário, pois considero-o bastante construtivo e pró-activo.
Obrigado!
É Xbox 360, não Xbox 360º.