Análise Captain Toad: Treasure Tracker (Nintendo Wii U)
No final do ano passado a Nintendo lançou, Captain Toad: Treasure Tracker para a sua consola mor, a Nintendo Wii U.
O jogo apresenta Captain Toad e Toadette como principais protagonistas e surge no seguimento do mini jogo Adventures of Captain Toad existente em Super Mario 3D World, que o Pplware também teve o prazer de jogar (ver aqui) e do qual gostou bastante.
A pedido de várias famílias (entenda-se, de vários leitores), o Pplware jogou Captain Toad: Treasure Tracker para a Wii U.
Neste jogo, o Capitão Toad embarca na sua primeira aventura em nome próprio numa caça ao tesouro para resgatar a valiosa Power Star e a sua companheira Toadette das garras do Wingo (pássaro gigante e um dos bosses do jogo)
Captain Toad: Treasure Tracker é, na sua essência, um jogo de puzzles. Basicamente o jogo encontra-se dividido em níveis (no total são mais de 50), nos quais o jogador terá de encontrar o caminho até à Estrela Dourada que identifica o final do nível.
Em cada cenário há adicionalmente, um trio de outras gemas que dão trabalho adicional a serem encontradas, correspondendo muitas vezes à diferença entre obter os 100% no nível, ou não.
No entanto, cada mapa apresenta características muito próprias e desafios diferentes levando o jogador a ter que se esforçar minimamente para ultrapassar os diversos obstáculos. Por exemplo, podemos ter um adversário a fazer uma vigia a uma porta (tendo de o distrair para poder entrar). Ou outro exemplo, termos de pressionar um gatilho no outro lado do mapa para poder aceder a uma nova zona. Ou ainda termos de usar o ecrã táctil do gamepad para libertar uma alavanca e assim desbloquear um caminho fechado.
As mecânicas não são difíceis de interpretar e a maioria dos níveis é simples. Creio que neste aspecto o jogo acaba por perder um pouco o rumo e orientação. Explicando melhor, por um lado, Treasure Tracker acaba por ser fácil em demasia para os jogadores mais velhos mas torna-se menos acessível e talvez menos entusiasmante.
No entanto, não retira toda a emotividade e divertimento que o jogo possui. Os cenários são variados, e tão depressa estamos num cenário debaixo de água, como estamos noutro num labirinto rodeado de lava e essa variedade, acompanhada com um grafismo sublime e uma banda sonora ao nível de Super Mario, atrai tanto miúdos como graúdos.
É também essa variedade que permite ao jogo apresentar diversas mecânicas de jogo.
Uma mecânica interessante que Treasure Tracker apresenta num par de missões é a utilização do Gamepad como ponto de mira para destruir obstáculos. Explicando melhor, existem alguns mapas nos quais vemos a acção através do Gamepad numa perspectiva de primeira pessoa (através dos olhos de Toad).
Utilizando o giroscópio existente no Gamepad, podemos utilizá-lo para olhar em redor e à medida que o giramos em nosso redor, vamos visualizando tudo aquilo que rodeia o Toad no jogo.
Por exemplo, numa dessas missões descemos num carrinho pela linha de uma mina. Ao longo do trajecto, vão aparecendo pilhas de moedas de um lado e de outro dos carris. A mecânica é gira e divertida, tendo de utilizar o Gamepad para procurarmos essas pilhas de moedas, fazer pontaria e disparar para as apanharmos.
Essas missões são talvez as mais divertidas do jogo sendo pena que sejam pouco frequentes e demasiado rápidas.
Para ajudar o jogador há ainda a possibilidade do jogador fazer Zoom In e Zoom Out o que efectivamente auxilia na altura de estudar determinado problema ou puzzle. Se a isso, juntarmos a possibilidade de controlar livremente a câmara então o jogador terá à sua disposição todas as ferramentas necessárias para interpretar e solucionar os obstáculos que lhe vão surgindo.
Ao longo do jogo vamos encontrando alguns cenários nos quais defrontamos dois bosses (dragão cuspidor de fogo ou um pássaro gigante). Estes encontros apesar de divertidos e com mecânicas próprias acabam por saber a pouco pois espera-se que os combates com bosses sejam mais exigentes que os restantes.
Há, no entanto, uma surpresa que Treasure Tracker traz consigo, nomeadamente para todos os jogadores que tiverem Super Mario 3D World instalado. Assim que o jogo é instalado e identifica uma instalação de Super Mario 3D World, desbloqueia automaticamente alguns níveis extra baseados neste último jogo em que o jogador pode percorrer com Toad.
Trata-se de uma adição bem vinda e traz algo de refrescante ao jogo. Uma vez que estas secções usam os mapas originais de Super Mario 3D World, mais longos e com outros tipos de dificuldades, Treasure Tracker acaba por beneficiar desta inclusão.
Para finalizar, falta apenas referir que o grafismo de Treasure Tracker não fica nada atrás dos restantes jogos de Super Mario e afins e mesmo com a possibilidade de se fazer zoom não perde nem um pixel de beleza.
Nota Final- 8,2
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A primeira aventura a solo no Mushroom Kingdom do nosso bem conhecido Captain Toad (e Toadette) correu bem mas correu depressa demais. Fica-se com a sensação de que o jogo é demasiadamente curto. O jogo é divertido e viciante e, apesar de poder ser terminado numa mão cheia de horas, acaba por se revelar uma experiência divertida para se passar em família, por exemplo. Talvez seja por isso mesmo que apresenta um nível de dificuldade pouco exigente. O nosso pequeno novo herói, Captain Toad, consegue assim ganhar o seu espaço no Reino dos Cogumelos pois Captain Toad: Treasure Tracker é uma aventura que se recomenda a todos os amantes de Super Mario e afins.
Género: Quebra-cabeças / Plataformas Plataforma Analisada: Nintendo Wii U Homepage Captain Toad: Treasure Tracker
Este artigo tem mais de um ano
Comprei o Super Mario 3D World no Natal e penso também arranjar este assim que houver oportunidade. Ainda para mais com os tais níveis extra para quem tiver os dois.
A Nintendo continua a cuidar muito bem da mascote Super Mario e do seu universo alargado, ao que parece. Ao fim de tantos anos sem dar um passo em falso. Não encontro um jogo da saga que seja mau, só consigo fazer distinção entre os jogos bons, os muito bons e os extraordinários.
Tivesse o Sonic este tratamento…
Concordo. O Sonic foi abandonado à mercê do destino, mas a esperança é a última a morrer. Infelizmente não tenho Wii, mas já estive mais longe de comprar uma pois está recheada de bons jogos.
P.S – Hellsing FTW!