Testem o VI na nuvem
Cada um tem o seu editor de texto preferido. Seja qual for o sistema operativo ou o modo (mais ou menos) gráfico que usam, todos temos a nossa preferência.
No meu caso tenho como preferência, no Linux e no Mac OS o VI. Existem outros, mas é este o que mais me cativa! Não me perguntem qual a razão pois na verdade nem eu sei responder. Comecei com ele e agora parece-me que o vou usar até que os dedos não possam mais teclar.
Mas e que tal testarem o VI directamente no browser? Excelente verdade? Pois agora já é possível.
Para todos os que não conhecem este fantástico e poderoso editor de texto dos sistemas Linux e baseados neste SO, ele foi originalmente criado em 1976, para sistemas Unix e desde essa altura tem evoluído e é actualmente um dos mais usados nestes sistemas.
O programa foi criado por Bill Joy em 1976 para o BSD. O nome é uma forma abreviada para visual, um comando do editor de texto ex que o faz oferecer recursos parecidos com os do vi.
Em 1991, foi lançado o editor Vim, uma derivação melhorada do vi (o nome Vim é abreviação para Vi IMproved, ou Vi Melhorado). Ele está presente em quase todas as distribuições Linux, oferecendo mais recursos.
Usuários do editor Emacs, que também surgiu em 1976, acabam sempre gerando discussões com usuários mais assíduos do vi por questões de gosto pessoal, apesar de que o padrão Unix exige a presença do editor vi o que o torna mais disseminado.
Como é pequeno e leve, pode ser colocado dentro de sistemas com pouco poder de armazenamento para ser utilizado em manutenção, por exemplo, ou mesmo usá-lo em situações em que há pouco recurso computacional.
Mas a novidade agora não é o VI por si, mas um site que permite que editem os vossos ficheiros directamente através do browser, podendo inclusive editar ficheiros que estejam em sistemas de alojamento na internet ou da vossa própria máquina.
Grande parte das centenas de funcionalidades e atalhos que podem ser usados na edição de ficheiros na vossa consola estão também disponíveis nesta versão web. Tudo o que fazem aí podem também aplicar aos vossos ficheiros que têm armazenados do vosso lado.
Os verdadeiros utilizadores do VI vão poder agora transpor a sua experiência para o browser e continuar a edição de ficheiros da forma que sempre fazem.
Comecem por usar o VI na Cloud experimentando os atalhos que bem conhecem. i para entrarem no modo de edição e começarem a escrever texto, ESC para saírem deste modo, dd para apagarem linha a linha, d<N>d para eliminarem as N linhas de texto e por aí fora. Quem está habituado ao VI nem vai notar diferença.
Para abrirem os vossos ficheiros podem usar o atalho :e e depois configurem os serviços de alojamento e escolham o ficheiro que pretendem editar. Estão disponíveis serviços como o Dropbox, o Box ou até o vosso próprio disco local.
Depois de terem o vosso texto todo alterado e completado podem gravar o vosso trabalho. Para isso basta usarem o atalho :w, tal como no VI "normal".
É claro que se criarem um ficheiro de raiz podem simplesmente gravá-lo no local onde pretenderem, dentro dos serviços que tiverem configurados.
Não é a mesma experiência de utilização que o VI nos proporciona, mas é uma excelente abordagem e uma forma muito fácil de usarmos e, principalmente, de testarmos o VI e todas as suas potencialidades.
Espero que testem o VI e que entendam porque este é o melhor editor de texto para Linux. Sei que esta afirmação vai originar uma verdadeira guerra, do mesmo nível de se vê aqui no Pplware quando o tema é Apple ou Android, mas foi propositada.
Utilizadores de Joe ou de Emacs, defendam a vossa dama! Utilizadores do VI, não se fiquem e provem que este é mesmo o melhor editor! Eu sei qual é, e a minha opinião está dada.
Homepage: VI na Web
Este artigo tem mais de um ano
Muito fixe, uso o VI desde 1993 e fui experimentar se ainda me lembrava dos comandos e funciona lindamente!
Emacs não é um editor de texto, emacs é quase um SO por si só 😛 não troco
Editor para mim é o NANO 🙂 É melhor que os outros? Não sei, talvez…mas habituei-me a este e já não consigo voltar para outros 🙂
x2 Pedro. Utilizo o NANO quando ando à rasca a editar vários ficheiros de configuração, não consigo essa agilidade com o VI (falta de hábito). Mas já prometi a mim próprio que um dia hei-de domar essa fera poderosa 😀
NANO ao poder!
é como eu, tambem com o nano quando comecei a trabalho no linux e “vicio” arrastou para quando comprei macbook pro. lol se bem que o pico tambem nao nada dificil, que tou agora habituar, em comparação com o vi.
o emacs tem jogos….owned!! XD
Bom dia ,
O VI é de facto muito poderoso , não uso muito , mas com esta nova funcionalidade vou dedicar-me a domar a fera .
Cumprimentos
Serva
ahhh a nostalgia… fizeram-me agora lembrar os cursos de unix na Portucalense 😛 e como crashavamos o servidor com o vi 🙂
Bitch please… Notepad++!