Roblox: relatório fala em riscos “profundamente perturbadores” para as crianças
Num problema que foi já reconhecido pela plataforma de jogos, uma investigação expõe a facilidade com que as crianças encontram conteúdos inadequados e interagem sem supervisão com adultos na Roblox.
A Roblox descreve-se como "o derradeiro universo virtual" e apresenta milhões de jogos e ambientes interativos. Alguns dos conteúdos são desenvolvidos pela plataforma, mas a maioria é gerada pelos utilizadores.
Em 2024, a Roblox reunia mais de 85 milhões de utilizadores ativos diários, dos quais cerca de 40% tinham menos de 13 anos.
Conforme partilhado pelo The Guardian, os especialistas em comportamento digital da Revealing Reality descobriram, numa investigação, "algo profundamente perturbador (...) uma desconexão preocupante entre a aparência child-friendly da Roblox e a realidade daquilo que as crianças experimentam na plataforma".
A Revealing Reality criou várias contas na Roblox, registando-as em nome de utilizadores fictícios com cinco, nove, 10, 13 e mais de 40 anos. As contas interagiram apenas entre si, e não com utilizadores fora da experiência, por forma a garantir que o comportamento dos seus avatares não era influenciado de forma alguma.
Apesar das novas ferramentas lançadas na semana passada procurarem dar aos pais um maior controlo sobre as contas dos seus filhos, os investigadores concluíram que "os controlos de segurança que existem são limitados na sua eficácia e continuam a existir riscos significativos para as crianças na plataforma".
O relatório concluiu que crianças a partir dos cinco anos podiam comunicar com adultos enquanto jogavam jogos na plataforma e encontrou exemplos de adultos e crianças a interagir sem uma verificação efetiva da idade.
Estas descobertas, apesar de a Roblox ter alterado as suas definições, em novembro de 2024, para que as contas registadas como sendo de menores de 13 anos não possam enviar mensagens diretamente a outras pessoas fora dos jogos ou experiências, tendo, em vez disso, acesso apenas a mensagens públicas.
Segundo o relatório, o avatar pertencente à conta da criança de 10 anos podia aceder a "ambientes altamente sugestivos", incluindo cenários sexualmente insinuantes.
Embora a Roblox afirme que as mensagens no jogo estão sujeitas a filtros e moderação incorporados, o relatório diz que os especialistas detetaram a facilidade com que as medidas podem ser contornadas, criando oportunidades para comportamentos predatórios.
Roblox reconhece problema, mas acrescenta que a ultrapassa
Com pais a partilhar sérias preocupações sobre as crianças verem conteúdo traumatizante e serem abordadas por estranhos na Roblox, a plataforma reconheceu que "existem maus atores na Internet".
Contudo, acrescentou que se trata de "uma questão que ultrapassa a Roblox e que tem de ser resolvida através da colaboração com os governos e de um compromisso de toda a indústria no sentido de adotar medidas de segurança fortes em todas as plataformas".
Além disso, reconheceu que a verificação da idade dos menores de 13 anos "continua a ser um desafio para o setor", segundo o The Guardian.
As novas medidas de segurança anunciadas pela Roblox na semana passada não são suficientes. As crianças continuam a poder conversar com estranhos que não estão na sua lista de amigos e, com seis milhões de experiências [na plataforma], muitas vezes com descrições e classificações incorretas, como é que se pode esperar que os pais moderem?
Questionou Damon De Ionno, diretor de investigação da Revealing Reality.
Na perspetiva de Beeban Kidron, ativista da segurança na Internet, a investigação expôs o "fracasso sistemático da plataforma em manter as crianças seguras", acrescentando que "este tipo de análise de utilizadores deveria ser rotina para um produto como a Roblox".
Recorde:
Fonte: The Guardian
Neste artigo: Roblox
agora e o Roblox malditos parasitas esquerdoides wokoides
Não percebo porque razão haveria a Alice do pais das maravilhas querer voltar ao mundo normal! È isto que acontece com os miudos, os adultos estragaram o mundo normal.
Adoro ver crianças a nascer sem cérebro, autênticos vegetais dos Tiktoks.
Há 30 ou 40 anos atrás quem passava algum tempo no PC era um nerd do pior e enxuvalhado 24/7 em sociedade.
Hoje em dia a grande maioria dos adultos, adolescentes e crianças estão completamente viciadas em ecrãs. Como o mundo mudou!
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