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Russos processam Netflix por anunciar saída do serviço do país

A caminho de dois meses de guerra, as sanções sobre a Rússia parecem ainda não ter um efeito prático. Contudo, os russos enfrentam um enorme corte nos muitos serviços que utilizavam no seu dia a dia. Uma das reações mais recentes está relacionada com a saída do Netflix do país. A insatisfação levou a que os russos entrassem com um processo na justiça contra o serviço de streaming de vídeo.

A plataforma anunciou que vai deixar o mercado do país por causa da invasão da Rússia à Ucrânia, levando estes assinantes a iniciar uma ação coletiva contra a gigante americana.


Netflix: Invasão da Ucrânia pela Rússia afeta também os russos

A Netflix, que tem apenas cerca de 1 milhão de assinantes na Rússia, suspendeu os seus serviços em março e interrompeu o desenvolvimento e a aquisição de todos os programas de TV e filmes feitos ou encomendados na Rússia.

Os utilizadores mostraram o seu desagrado e estão a reagir. Segundo informações, os clientes Netflix Rússia exigem uma compensação de 60 milhões de rublos, cerca de 680 mil euros.

Hoje, um escritório de advocacia que representa os interesses dos utilizadores do Netflix entrou com uma ação coletiva contra o serviço americano Netflix no tribunal distrital de Khamovnichesky de Moscovo.

O motivo do processo foi uma violação dos direitos dos utilizadores russos devido à recusa unilateral da Netflix em fornecer serviços na Rússia.

Disse o escritório de advocacia Chernyshov, Lukoyanov & Partners, de acordo com um relatório da agência de notícias RIA.

A empresa Netflix não fez comentários sobre a ação coletiva dos espetadores russos.

Em fevereiro, a empresa americana disse que se recusaria a transmitir os 20 canais russos de propaganda aberta que os fornecedores de serviços deveriam hospedar sob uma nova lei a ser introduzida em 1.º de março.

Dada a situação atual, não temos planos de adicionar estes canais ao nosso serviço.

Disse a empresa na época.

Em dezembro, o regulador russo, Roskomnadzor, adicionou a Netflix ao seu registo de serviços audiovisuais porque atingiu mais de 100.000 assinantes.

 

Sanções ao invasor

No mês passado, de forma a repreender a ação criminosa do Kremlin, vários serviços ativaram as suas medidas para sancionar a Rússia. Como medida de reação, um tribunal russo baniu o Facebook e o Instagram no país, rotulando a empresa controladora das plataformas, Meta, de “extremista”.

O acesso ao Facebook e Instagram já havia sido restringido no início do mês, depois que a Meta confirmou que estava “facilitar” as suas políticas de discurso de ódio contra soldados russos e contra Putin em relação à guerra na Ucrânia.

A Meta disse mais tarde que as regras mais flexíveis se aplicariam apenas a pessoas a publicar a partir da Ucrânia.

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