A rede 5G está cada vez mais perto de ser uma realidade implementada em vários locais. O Reino Unido decidiu nesta terça-feira que irá permitir que a Huawei participe no desenvolvimento do 5G em território britânico.
Esta decisão contraria as orientações dos Estados Unidos da América que visavam impedir totalmente que a marca chinesa operasse 5G no país europeu.
O dia de ontem trouxe boas notícias à Huawei. O Reino Unido decidiu autorizar que a marca chinesa operasse a rede 5G em território britânico.
A decisão irá permitir que a Huawei faça, assim, parte do desenvolvimento da tecnologia 5G no país, apesar de ter algumas limitações.
No Twitter da marca, pode ler-se o comunicado de Victor Zhang, Vice-Presidente da Huawei.
O vice-presidente da marca chinesa disse que a empresa está aliviada com esta decisão do Reino Unido. Adiantou ainda que esta permissão abre portas a uma tecnologia mais avançada, segura e eficiente no futuro.
Huawei pode operar 5G no Reino Unido, mas com restrições
Contudo, esta autorização é limitada e a tecnológica chinesa terá algumas restrições.
A Huawei está proibida de operar em redes de telecomunicação cujos dados sejam classificados como “sensíveis” como, por exemplo, adjacente a estações da inteligência britânica.
Para além disso, o governo também decidiu que a Huawei não poderá deter mais do que 35% dos equipamentos instalados.
Decisão vai contra orientações dos EUA de barrar a atividade da marca chinesa
Apesar da forte parceria que existe entre o Reino Unido e os EUA, a decisão do país britânico vai no sentido contrário das orientações dadas pela América.
O Governo de Donald Trump tinha pressionado o Reino Unido para que este restringisse totalmente a tecnologia da marca chinesa, isto porque acusavam a Huawei de usar os seus equipamentos como instrumento de espionagem do governo chinês.
Os representantes do governo americano dizem-se desapontados com a decisão britânica, exemplo disso foi a reação do senador do Partido Democrata Chris Murphy, no seu Twitter:
America has never been weaker. We have never had less influence. Not even our closest ally Britain, with a Trump soulmate in Downing Street, listens to us anymore. https://t.co/yvM1ZORtgS via @NYTimes
— Chris Murphy (@ChrisMurphyCT) January 28, 2020
Também Tom Cotton, senador republicado fez questão de deixar na rede social o alerta de que os ganhos a curto prazo não anulam as consequências a longo prazo:
The short-term savings aren’t worth the long-term costs. In light of this decision, the U.S. Director of National Intelligence should conduct a thorough review of U.S.-UK intelligence-sharing.
— Tom Cotton (@SenTomCotton) January 28, 2020
Por sua vez, e como adianta o The New York Times, os oficiais britânicos acreditam que, apesar de existir risco de espionagem, as limitações impostas devem contornar o problema.
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