O assunto das criptomoedas é abordado pelos quatro cantos do mundo. É um tema com fiéis defensores, mas também com opositores que não concordam com este dinheiro digital, assim como com a sua extração.
Nesse sentido alguns países já começaram a tomar medidas contra este mercado. E agora há um projeto de lei que propõe que Nova Iorque bana a mineração de Bitcoins em todo o estado durante três anos.
Nova Iorque pode banir a mineração de Bitcoins por 3 anos
Um novo projeto de lei está a agitar o Senado de Nova Iorque. A proposta foi entregue nesta segunda-feira, dia 2 de maio, e tem como objetivo banir a mineração de criptomoedas, sobretudo Bitcoins, durante três anos. Esta pausa serviria para as autoridades apurarem o que a extração de moedas digitais está a provocar ao clima e ao meio ambiente local.
Este projeto de lei intitula-se como “6486” e foi proposto pelo senador Kevin Parker. Parker já apoiou anteriormente outros projetos de lei para ajudar o Estado a cumprir com as suas metas climáticas.
A mineração de Bitcoins é cada vez mais analisada pelas autoridades devido à enorme pegada de carbono associada ao uso intensivo de eletricidade para manter a atividade durante 24 horas por dia, 7 dias por semana.
Segundo uma pesquisa do Digiconomist, a pegada da mineração global é de cerca de 53 megatrons de dióxido de carbono por ano. Ou seja, o equivalente a todas as emissões na Suécia. E Nova Iorque tem descoberto cada vez mais sistemas de mineração, o que a torna num foco de atividade.
Portanto, caso o projeto avance, no período de paragem desta prática as autoridades vão tentar medir as emissões de gases de efeito estufa vinculadas à mineração, bem como os impactos na vida selvagem local, na água e na qualidade do ar. O projeto de lei adianta que todos os resultados destas avaliação seriam tornados públicos e ainda estariam sujeitos a comentários ao longo de 4 meses.
Nova Iorque pode, assim, juntar-se a outros países, como a Mongólia Interior, a Índia e a Turquia, que já baniram a mineração de criptomoedas. No estado norte-americano, as zonas de maior atividade desta prática são as cidades de Dresden e Alcoa.