Numa altura em que é tudo altamente digital, uma guerra não evolui apenas nas linhas da frente e transfere-se para a Internet. Assim sendo, a Meta removeu uma rede de desinformação russa que espalhava notícias falsas acerca da guerra na Ucrânia.
A rede incluía contas, páginas e grupos no Facebook, Instagram, entre outras plataformas.
O conceito de desinformação e notícias falsas não é novo. Quando algo desperta o mundo, estes termos tornam-se muito presentes, pela necessidade que existe de aldrabar aquilo que chega às pessoas e que pode servir como elemento para a construção das suas opiniões.
Com a guerra na Ucrânia, aqueles que a defendem e a promovem não parecem querer que os cidadãos tenham acesso à realidade dos acontecimentos. Afinal, o Facebook diz ter desmantelado uma rede de desinformação composta por indivíduos e sites que disseminam notícias falsas sobre a invasão à Ucrânia pela Rússia.
A Meta revela que a rede era “relativamente pequena”, sendo constituída por cerca de 40 contas, páginas e grupos no Facebook e Instagram. Embora não se saiba como começou a funcionar, a empresa diz que reunia menos de 4.000 seguidores no Facebook e menos de 500 no Instagram.
É um sinal de que enquanto estes atores tentam dirigir este tipo de operações de influência, estão a ser apanhados mais cedo e não estão a alcançar o público que teriam alcançado mesmo há alguns anos atrás.
Disse Nathaniel Gleicher, chefe da política de segurança da Meta.
Rede de desinformação nas plataformas da Meta desmantelada
A rede que a Meta desmantelou era constituída por indivíduos da Rússia e da Ucrânia. Estes criaram perfis falsos em várias redes sociais, como o YouTube, Telegram, Facebook e Instagram, de modo a parecerem legítimos. Além disso, utilizaram fotografias de perfil geradas por Inteligência Artificial e apresentaram-se como editores de jornais, autores de revistas científicas e engenheiros.
[A rede] dirigiu uma panóplia de websites disfarçados de meios de comunicação social independentes, publicando afirmações sobre o Ocidente trair a Ucrânia e a Ucrânia como um Estado falhado.
Revelou a Meta.
Da mesma forma que a Meta, também o Twitter diz estar empenhado em remover redes de desinformação relativamente à guerra na Ucrânia promovida pela Rússia. Segundo o The Verge, a empresa disse à NBC News que bloqueou mais de uma dúzia de contas que partilhavam links que remetiam os utilizadores para um site de propaganda chamado Ukraine Today.
Em 27 de fevereiro, suspendemos permanentemente mais de uma dúzia de contas e bloqueámos a partilha de vários links, que violavam a nossa política de manipulação da plataforma e de spam. A nossa investigação está em curso; contudo, as nossas conclusões iniciais indicam que as contas e os links tiveram origem na Rússia e estavam a tentar perturbar a conversa pública em torno do conflito em curso na Ucrânia.
Esclareceu o Twitter.