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Já ouviu falar em guerra híbrida? Ucrânia diz estar a travar a primeira de sempre

A Rússia espoletou uma guerra que dura há mais de uma semana contra a Ucrânia. Contrariamente às que conhecemos do passado, esta não está a acontecer apenas no terreno, estando a Ucrânia, conforme apelida, a travar a primeira “guerra híbrida”.

A autoridade de cibersegurança ucraniana garante que está a fazer de tudo para travar as investidas russas e que não tem medo dos ciberataques.


A autoridade de cibersegurança ucraniana diz estar a travar uma guerra digital, além daquela que o país está a enfrentar no terreno. Conforme informa, a Ucrânia tem sido vítima de ciberataques constantes que visam o governo e as infraestruturas, com funcionários individuais a serem também um alvo.

Além de garantir que o ciberconflito com a Rússia não tem precedentes, a autoridade da Ucrânia afirma que tem conseguido impedir a maioria das tentativas de ciberataque. Mais do que isso, descreve-o como parte de uma “guerra híbrida”.

Isto está a acontecer pela primeira vez na história e acredito que a guerra cibernética só pode terminar com o fim da guerra convencional, e faremos tudo o que estiver ao nosso alcance para aproximar este momento.

Disse Viktor Zhora, vice-presidente do State Service of Special Communications.

De acordo com a BBC News, Zhora disse que as suas equipas de cibersegurança têm estado a trabalhar no sentido de defender, com sucesso, os serviços ucranianos online, e que não têm medo de possíveis ataques russos às suas redes de energia ou instalações nucleares.

Viktor Zhora, vice-presidente do State Service of Special Communications, numa conferência de imprensa

Guerra híbrida: Rússia tenta atacar em todas as frentes

Em 2015 e 2016, hackers provocaram cortes de energia nas cidades ucranianas. Na altura, pensava-se que esses poderiam estar sob ordens de Kremlin. Mais tarde, os serviços secretos ocidentais responsabilizaram a Rússia por outros ataques à Ucrânia, como o NotPetya, em 2017.

Conforme menciona a BBC News, algumas semanas antes da invasão que a Rússia protagonizou no dia 24 de fevereiro, a Ucrânia sofreu três vagas distintas de ciberataques de baixo nível. De acordo com o Reino Unido e os Estados Unidos, esses foram levados a cabo por hackers militares russos.

Na realidade, não têm sido noticiados ciberataques de grande impacto por parte da Rússia. De acordo com Zhora, eles têm acontecido, mas as defesas da Ucrânia têm conseguido bloqueá-los.

Por sua vez, a Ucrânia também tem protagonizado ciberataques contra a Rússia. Aquando da invasão, a autoridade de cibersegurança criou um “IT Army of Ukraine”, que tem tentado perturbar as redes de transporte e de energia da Rússia.

Chamamos-lhe ciber-resistência e estamos a fazer todo o possível para proteger a nossa terra e o nosso ciberespaço. Estamos a tentar proteger as nossas redes e a fazer com que o agressor se sinta desconfortável com as suas ações no ciberespaço e na terra ucraniana.

Estes ciberguerreiros não estão a visar alvos civis, estão a visar alvos militares e governamentais.

Garantiu Zhora.

 

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