Governo trava comissões bancárias com pagamentos via MB WAY
O Governo aprovou diversas medidas, tendo sido ontem anunciadas em conferência de imprensa do Conselho de Ministros. Uma dessas medidas é a limitação das comissões bancárias nas transferências imediatas, como é exemplo o MB WAY.
MB WAY com mesmo limite que se aplica aos pagamentos com cartões de débito
Foram apresentadas diversas medidas na conferência de imprensa do Conselho de Ministros que visam cuidar melhor dos mais velhos, apostar no futuro através da investigação científica e proteger os consumidores bancários.
No que toca à proteção dos consumidores e clientes bancários, o Ministro da Presidência anunciou a aprovação de um diploma que impõe limites às comissões bancárias nas transferências imediatas nas aplicações móveis, sendo aplicado o mesmo limite que já se aplica aos pagamentos com cartões de débito.
De relembrar que a DECO - Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor já tinha alertado para o risco de aumento de comissões no serviço MB WAY na sequência do novo regime de transferências entre contas de pagamentos.
Segundo a DECO, a associação do MB WAY a contas irá significar que as transferências entre utilizadores serão consideradas transferências imediatas", pelo que "poderão estar sujeitas ao preçário aplicável a essas transferências e não sujeitas aos limites aplicáveis a transferências entre cartões, como acontece presentemente, e em caso de ultrapassar as transações gratuitas, de 0,2% em caso de cartão de débito e 0,3% em caso de cartão de crédito".
Correção – com cartões de débito
Não faz sentido, até porque está previsto as transferências imediatas passarem a ser gratutitas em 2025 por indicação do paralamento europeu: https://pplware.sapo.pt/internet/transferencias-bancarias-vao-passar-a-ser-imediatas-e-gratuitas/
Artigo 5a, 4c / Artigo 5a, 4e / Artigo 5b, 2 / Artigo 5b, 3: https://eur-lex.europa.eu/legal-content/EN/TXT/?uri=OJ:L_202400886
Como costumo ser cuidadoso ao escrever comentários, transcrevo o que escrevi no post de que puseste o link:
Não creio que as transferências tenham que ser gratuitas. O que diz o Regulamento 2024/886 (penúltimo parágrafo do post), nos artigos 5-B(1) e 5-B(2) é que:
– os bancos não podem cobrar pelas transferências imediatas mais do que cobram por outras transferências do mesmo tipo
– o que é gratuito é um serviço que o banco do ordenante fica obrigado a prestar, nas transferências imediatas ou outras, antes de de ele ordenar a transferência – que assegura a verificação do beneficiário (destinatário da transferência). Esta verificação passou a ser obrigatória, para evitar erros na identificação dos beneficiários e é este serviço que é gratuito, ou seja, se o ordenante acabar por não ordenar a transferência não suporta encargos deste serviço de identificação.
“Como costumo ser cuidadoso ao escrever comentários,” – Esta é para rir
Ameaça ao MBway, e a tanta coisa que passa ao lado 😀
Viva o SPIN e os bancos 🙂
Por acaso querias dizer alguma coisa que se pudesse entender? É que não conseguiste.
Ele gosta de ser roubados.
A banca no seu melhor…. Sacar o mais possível aos depositantes e dar chorudos prêmios aos administradores
Mais uma vez o estado a intrometer-se no mercado privado, a concorrência é que tem que tratar disto. Por estas é que não passamos do mesmo, o estado não tem que impor nada a ninguém, promover o mbway que só serve para fuga aos impostos e trafulhices, poupem-me.
Eu apoio o mercado privado e a concorrência… quando ela existe, algo que a banca oferece muita coisa, mas zero concorrência. MBWay da SIBS, SIBS que não é mais do que uma empresa com a Banca portuguesa como accionista e que não permite a Revolut entrar (que não nenhuma santa)!
Concorrencia, a Banca Portuguesa? que recebe, neste momento 3,5% pelo dinheiro que temos à ordem nas nossas contas mas que te oferece cobranças de taxas abusivas? e que uma conta a prazo que .. nem vale a pena comentar…
Sim, espero que um estado coloque o dedo na ferida de empresas que criam soluções que baratas ou gratuitas, com a pessoas a ficarem “agarradas”, mas que depois alteram algo que implica maior pagamento.
Fuga aos impostos? 😀 espera que os que fazem fuga aos impostos por causa do mbway, imagino o que faziam sem o mbway… é que pagamentos de mbway ficam registados! e pagamentos a dinheiro sem papel, aka factura, não tens muitas hipóteses de rastrear.
Para mim a melhor aplicação portuguesa de sempre. Prática e fácil de usar, segura,desde que não se invente. Taxar o seu uso é tao mau quanto defender a impunidade do lobi da banca. Mercenários
Viva a selva, isso é que é bom. Proteger a parte fraca que é cidadão não nem pensar. É só líricos.