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Ericsson ameaça sair da Suécia caso a proibição do 5G à Huawei continue

A Huawei tem sido barrada em vários países e por diversas razões. Na Europa, por exemplo, nações como o Reino Unido e a Suécia estão a limitar e impedir a empresa chinesa de participar no processo da implementação da rede 5G.

Mas agora o CEO da sueca Ericsson deixou um ultimato. Börje Ekholm diz que a empresa sairá do seu país de origem caso as proibições à Huawei continuem.


Ultimamente, a vida da Huawei tem sido marcada por vários conflitos com alguns países.

Nos Estados Unidos da América, por exemplo, os problemas impostos pela administração do ainda presidente Donald Trump já são mais do que conhecidos. Tais conflitos provocaram o bloqueio das negociações da empresa chinesa com várias parceiras, como a Google, determinantes para a continuidade do desenvolvimento de equipamentos.

Por sua vez, na Europa, a Huawei tem enfrentado  resistência sobretudo para ser incluída nas negociações para a implementação da rede 5G. No Reino Unido, onde foram destruídas dezenas de antenas da rede de quinta geração, está proibida a instalação de equipamentos 5G da Huawei após setembro de 2021. E também a Suécia proibiu os equipamentos da Huawei e ZTE referentes à rede ultra rápida.

Ericsson sairá da Suécia se a proibição à Huawei continuar

À primeira vista, a proibição do 5G da fabricante chinesa na Europa até poderia parecer boa para a Ericsson, e também para a Nokia. No entanto a realidade é muito diferente e agora esse descontentamento foi demonstrado de forma assertiva.

Segundo o jornal sueco Daily News, o CEO da Ericsson, Börje Ekholm afirmou que “Se a proibição à Huawei continuar, a Ericsson deixará a Suécia”.

Börje Ekholm, CEO da Ericsson

O executivo terá enviado uma mensagem à Ministra do Comércio sueca, Anna Hallberg a dizer que a empresa deixaria a Suécia, a não ser que o governo do país parasse com as proibições contra a Huawei e ZTE.

No entanto, a resposta da ministra indica que:

O governo não pode suspender a proibição da Huawei, porque a secretaria interina da Administração da Autoridade de Correios e Telecomunicações Sueca tomou a decisão com base nas recomendações do departamento de segurança e das Forças de Defesa Nacional.

A Ericsson mostra assim um descontentamento claro da injustiça que se está a passar com a Huawei. E teme que o mesmo possa acontecer a si, por exemplo, na China, um mercado onde reconhece elevada importância.

Mas o CEO concorda ainda com a possibilidade de a Huawei, e outras empresas, avançar com uma ação contra esta proibição. Para além disso, algumas informações indicam que a Ericsson já tentou mesmo contratar advogados de forma a ajudar a fabricante chinesa neste processo. No entanto, Börje adianta que “embora tenhamos contactado vários escritórios de advogados suecos, ninguém está disposto a ajudar a Huawei. Há muitos covardes por aqui”.

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