“Bom dia mãe, bom dia pai”: Burlas no WhatsApp continuam…
Os esquemas fraudulentos que circularam nas plataformas digitais, como o WhatsApp, são variados. O sucesso dos mesmos deve-se à falta de literacia nesta área, mas principalmente porque este tipo de ataques criam algum tipo de envolvimento com a vítima.
Em outubro relevámos um esquema no WhatsApp cujo objetivo é roubar dinheiro. Supostamente o responsável pelo esquema foi detido... mas a verdade é que o esquema continua.
Tenha atenção ao que lhe pedem por WhatsApp
O esquema não é novo, mas está a circular com força em Portugal. O Modus Operandi é simples! A vítima recebe uma mensagem no WhatsApp a dizer que é o filho ou filha e que precisa de dinheiro.
O "atacante", que se faz passar por filho ou filha, começa por dizer que mudou de número e pede ao "pai", que é a vítima, para lhe transferir um determinado valor via MB WAY.
Carlos Cabreiro, diretor da Unidade Nacional do Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) da PJ, referiu ao DN que...
Tivemos burlas idênticas, em que se tenta explorar o fator confiança e à volta da relação pai/mãe/filho/filha. Desta vez, estão mais sofisticadas, as mensagens são mais credíveis na abordagem. Chamamos a estas situações engenharia social, criam toda uma história para obter dados pessoais. Às vezes, fica-se com a sensação que, quem as escreve, tem conhecimento da pessoa, nomeadamente através das redes sociais.
A Deco é muitas vezes contactada por consumidores enganados.
Há uns anos era o phishing [mensagem ou email que é direcionada para um link com a intenção de roubar informação pessoal como dados de cartões e palavras-chave]. Nos últimos cinco anos, têm-se intensificado e os criminosos diversificam os esquemas para levar as pessoas a cair no conto do vigário. Não é a primeira vez que surge este tipo de mensagens no WhatsApp, que voltaram. Também há SMS escritas (smishing) e verbais (vishing), no fundo, a técnica é a mesma: pescar informação sigilosa.
Luís Pisco, jurista da associação.
A PJ tem feito detenções, "mas este crime está disseminado e envolve vários grupos. E estamos a falar de crimes informáticos que não têm fronteiras". "Temos vários casos em investigação para chegar aos autores e estamos mais preparados para lidar com estes novos meios de comunicação. Mas não posso dizer que estamos a obter grandes resultados", reconhece o diretor da (UNC3T).
Burla no WhatsApp: O que fazer se lhe acontecer isto?
Obviamente que não deve fazer nada! No entanto, é importante que este tipo de esquema seja denunciado às autoridades e que outras pessoas sejam alertadas para esta fraude.
Este tipo de burla ganhou muita tração em outros países, como é o caso do Reino Unido, e está a acontecer com muita frequência em Portugal. De relembrar que os ataques de Phishing continuam a ser o principal vetor de ataque em Portugal.
Este artigo tem mais de um ano
Isso para mim nem é burla, é mesmo só cai nisso quem quer. Os meus pais nunca cairiam nada disso.
Em vez de comentarem aqui, façam o seguinte informem os vossos familiares. É que comentar todos comentam, mas avisar a eles deste tipo de burlas ninguem os avisa.
Aproveitem e digam aos vossos pais ou a quem vós é próximo para estarem em alerta e saberem disto. Mas convem dizer ao pessoal mais próximo de vocês também. É assim que se previne.
Só cai nisso quem não pensa naquilo que faz, é tão óbvio pela conversa e pela maneira de falar. Primeiro só cai nisso se for um habito a filha/o pedir dinheiro aos pais assim do nada pelo WhatsApp
Geralmente é quem passa a vida em noitadas (não quem trabalha).
Há pessoas que deveriam ter bom senso e pensarem de que pode ser eventualmente uma burla e convinha ligar primeiro para saber o que se passa?
Tantos red flags.
De acordo! Mas é preciso pôr aqui para poder difundir mais rapidamente e assim de poder avisar.
Essa já é velha. Agora no Natal apareceu uma do Ferrero Rocher a oferecer chocolates. Muito bem estudada. Mas quem oferece tanto valor em chocolates e pede 2 € para receber a oferta…
Eudino 12