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UE critica a Apple por se recusar a lançar a Apple Intelligence na Europa

A União Europeia criticou a decisão da Apple de não lançar a sua inteligência artificial na Europa como um comportamento anti-concorrencial. A Comissão Europeia considera que não oferecer a Apple Intelligence devido à Lei dos Mercados Digitais é uma declaração “surpreendente”, uma vez que o objetivo desta lei é a abertura à concorrência.


 

Comissária da Concorrência surpreendida com declarações da gigante

Durante uma intervenção no Forum Europe, a Comissária da Concorrência e Vice-Presidente da Comissão Europeia, Margrethe Vestager, afirmou que é a declaração mais “surpreendente e aberta de que eles sabem a 100% que esta é outra forma de neutralizar a concorrência onde já têm uma posição forte“.

Eles disseram que não vão lançar a sua inteligência artificial por causa das obrigações que têm na Europa. E as obrigações que têm na Europa são de se abrirem à concorrência. Essa é a versão resumida da Lei dos Mercados Digitais.

Afirmou a Comissária da Concorrência.

Segundo a Apple, as exigências da LMD obrigam-na a reduzir a segurança dos seus produtos e serviços. A empresa tecnológica declarou há alguns dias que a sua inteligência artificial e outras funcionalidades do iPad e do macOS não estarão disponíveis na Europa este ano.

Estamos preocupados com a possibilidade de os requisitos de interoperabilidade da LMD nos obrigarem a comprometer a integridade dos nossos produtos de forma a pôr em risco a privacidade dos utilizadores e a segurança dos dados.

Afirmou a Apple num comunicado.

 

Apple Intelligence longe da Europa…

A recusa em cumprir as diretrizes da Lei dos Mercados Digitais já está a causar dores de cabeça à empresa de Cupertino. Há poucos dias, a Apple tornou-se a primeira empresa a ser investigada por violar a LMD, um processo que pode levar a uma multa de até 38 mil milhões de dólares.

A União Europeia considera que a Apple está a violar a LMD no que diz respeito às taxas cobradas pela Apple Store. A controversa taxa Core Technology Fee (CTF), que cobra 0,50 euros por download, gerou descontentamento entre os programadores, que pediram a intervenção da Comissão. A taxa aplica-se tanto aos programadores que distribuem as suas aplicações fora da App Store como aos que desenvolvem lojas de aplicações alternativas.

Se a investigação considerar a Apple culpada, a empresa enfrentará uma coima que pode atingir 10% do seu volume de negócios anual global. O valor poderá ascender a 38 mil milhões de dólares, tendo em conta as receitas registadas em 2023. A coima seria a mais elevada da história da empresa.

 

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