Cientistas acreditam ter encontrado a forma mais eficaz de regular a IA
Com a "democratização" da Inteligência Artificial (IA), regulá-la passou a estar no topo da lista de afazeres de investigadores, empresas e governos. Agora, uma nova análise sugere aquela que os responsáveis acreditam ser a forma mais eficaz de regular a tecnologia.
Desde que ficou acessível à maior parte das pessoas, vários atores têm procurado regular a IA, no sentido de controlar as suas consequências, principalmente, tendo em conta as suas potencialidades. Desde há uns meses, os projetos de lei têm começado a aparecer, com diversas formulações e contornos.
Porém, uma análise conduzida pela Universidade de Cambridge sugere que a forma mais eficaz de regular os novos desenvolvimentos é controlar a distribuição dos chips que alimentam os novos sistemas de IA.
Análise traz sugestões relativamente à IA
O trabalho, publicado durante a semana passada, envolve especialistas de outras universidades, como Harvard e Oxford, e alguns especialistas da OpenAI, mãe do ChatGPT. O grupo de trabalho propõe medidas que vão desde o controlo da distribuição dos chips, até à possibilidade de criar um "interrutor" para suspender remotamente os dispositivos.
A computação relevante para a IA é um ponto de intervenção particularmente eficaz: é detetável, excludente e quantificável, e ocorre através de uma cadeia de fornecimento extremamente concentrada. Trata-se de ativos intangíveis, não rivais e facilmente partilháveis, o que os torna intrinsecamente difíceis de controlar.
Explicam os especialistas no relatório.
Segundo os analistas, atualmente, os chips avançados utilizados para treinar os sistemas de IA são fabricados por um grupo muito restrito de intervenientes. A NVIDIA, por exemplo, controla quase 90% do mercado, permitindo que "os decisores políticos restrinjam a venda destes produtos a pessoas ou países de interesse".
Na análise, como solução, os especialistas propuseram medidas práticas, como a implementação de um registo global para a venda de chips de IA, conseguindo monitorizar o percurso das peças ao longo do seu ciclo de vida, em qualquer parte do mundo. Para esse registo, propõem a incorporação de um identificador único para cada chip. Isto permitiria evitar, por exemplo, o tráfico ilegal.
Na perspetiva dos especialistas, a visibilidade é "crucial", porque permitirá aos governos "antecipar problemas, tomar decisões mais precisas, acompanhar os resultados dentro de um país, e negociar e implementar acordos entre países".
Por sua vez, o botão para suspender remotamente os chips é visto como uma medida extrema. Os chamados "kill switches" poderiam ser incorporados no silício, por forma a impedir a sua utilização em aplicações maliciosas. Isto ajudaria os reguladores a atuar rapidamente, caso identificassem uma utilização perigosa.
Apesar de lançarem a ideia, alertam que um "interrutor" deste tipo poderia ser alvo de cibercriminosos, bem como explorado para utilizações abusivas da IA.
Os cientistas não querem saber do futuro da humanidade, querem é saber do deles!
Ora aqui está um comentário de classe. Quarta classe.
Mas qual é o espanto? A ganancia sempre falou mais alto, portanto é o vale tudo.
Então e quem controla o interruptor? O oriente ou o ocidente? Os Estados Unidos ou países como Portugal?
A IA levará o mesmo caminho da bomba atómica desenvolvida por Openheimer o criador perdeu o controle da criação !
Qual foi o propósito da criação do AI? e quem os criou, à não ser, o ser humano!
agora também já não se usa “P” no interruptor?
https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/grafia-interruptor-eou-interrutor/30125