Muito se tem falado, ultimamente, sobre questões de privacidade dos consumidores. Mais do que nunca, as pessoas têm noção daquilo que querem ou não mostrar. Mais, estão cada vez mais conscientes que podem ser, sorrateiramente, recolhidas informações acerca de si, pela tecnologia que as envolve, e, portanto, estão em alerta.
Nesse sentido e apesar disso, a Europa está a adotar regras mais restritas, a fim de aumentar a vigilância cibernética.
Regras mais restritas para maior vigilância cibernética
De modo a tornar as vendas de tecnologias mais transparentes, a Europa está a adotar medidas mais restritas do que as impostas até à data. Posteriormente, para que o consumidor não seja prejudicado por qualquer entidade ou empresa, essas medidas serão alargadas a nível mundial.
Para que os utilizadores estejam cada vez mais seguros, tendo em conta o boom tecnológico, a União Europeia concordou em adotar regras mais restritas relacionadas com a venda e exportação de tecnologias, para uma maior vigilância cibernética. De entre as envolvidas estão tecnologias de reconhecimento facial e spyware.
Apesar de ser algo aparentemente bastante lógico de ser implementado, as negociações levaram vários anos e não se revelou um processo fácil.
No futuro, a vigilância cibernética será maior
O grande objetivo destas novas medidas mais restritas é a criação de uma coligação global das democracias, a fim de controlar, de forma mais eficaz, tecnologias eventualmente nocivas. Isto, apesar de, inicialmente, apenas abranger os estados-membros da UE.
Assim sendo, o regulamento exige que as empresas obtenham uma licença governamental para vender tecnologias militares, bem como uma minuciosa auditoria, a fim de entender e avaliar os riscos aos direitos humanos. Ademais, é exigido ao governo dos vários estados-membros a apresentação e partilha pública dos detalhes de todas as licenças tecnológicas que concederem. Isto, porque as vendas possivelmente problemáticas, além de serem feitas a países em regime de ditadura, por exemplo, eram camufladas.
Posto isto, toda a eficácia das novas regras, que serão à partida implementadas em dezembro, de forma pressionada, está nas mãos do governo dos estados-membros. Então, serão eles os responsáveis por fazer cumprir cada uma das novas regras.