Atualizado (16h15): Incluída uma declaração da Huawei sobre esta questão.
Os EUA e o seu presidente, Donald Trump, têm procurado por todos os meios banir a Huawei do seu país. As acusações de espionagem e de roubo de dados têm sido constantes, sem que nunca nada tenha sido provado.
Agora, e num passo até já esperado, a empresa chinesa foi finalmente colocada fora deste país. Os EUA declararam emergência nacional para o conseguirem, numa medida que parece desesperada.
Apesar de ser uma novidade, já durante o dia de ontem se vinham a acumular os rumores. O presidente Trump estaria a preparar-se para banir das operadoras americanas todo o equipamento estrangeiro. Se esta seria uma ordem genérica, os seus alvos eram claros e bem definidos.
Trump assinou a ordem de emergência nacional
Pois essa ordem presidencial foi agora assinada e declara uma emergência nacional. Esta bane a compra e utilização de equipamentos de telecomunicações que possam apresentar um risco inaceitável para a segurança nacional.
Assim, o Departamento do Comercio tem agora plenos poderes para tomar todas as medidas necessárias para impedir que os operadores de telecomunicações usem equipamento estrangeiro. Esta entidade tem agora 150 dias para delinear as medidas necessárias para impor esta proibição.
Apesar de não mencionar de forma clara a china, é este o país visado nesta proibição. Em particular empresas como a Huawei ou a ZTE ficam assim formalmente impedidas de implementar as suas soluções técnicas.
A Huawei é o alvo desta nova medida
A empresa que mais parece ser visada nesta nova emergência nacional dos EUA é mesmo a Huawei, que tem estado na mira das entidades governamentais norte americanas. A campanha tem sido intensa e tem até procurado convencer outros países a embarcar nesta proibição.
Esta parece focada em mostrar que é isenta e que não depende do governo chinês. Já provou que não aceita ordens diretas do seu país e está até pronta para assinar acordos de pacto de não-espionagem com os países onde está implantada.
Mesmo com todas as provas a apontarem para que não existe qualquer situação anormal com os equipamentos da Huawei, os EUA insistem em provar que a empresa está dedicada a espiar os seus cidadãos e as suas empresas.
Uma medida contra a China e que afeta mais que os EUA
Até agora nada foi provado e provavelmente nunca o será. As questões estão também centradas na implementação do 5G, algo que ainda não aconteceu em muitos países, como resultado desta desconfiança.
Resta agora aguardar o impacto que esta medida terá nos restantes países. Até agora poucos têm acompanhado as medidas propostas pelos EUA e assim se deverá manter.
Atualização (16:15)
Declaração da Huawei sobre a ordem executiva do Presidente dos Estados Unidos a proibir empresas norte-americanas de usarem equipamentos de telecomunicações de empresas estrangeiras consideradas de risco:
A Huawei é líder na tecnologia 5G. Estamos totalmente disponíveis para trabalhar em conjunto com o Governo dos Estados Unidos da América no sentido de encontrar medidas que garantam a segurança dos produtos.
Restringir o negócio da Huawei nos Estados Unidos não tornará o país mais seguro ou mais forte. Pelo contrário, servirá apenas para limitar o país a alternativas inferiores e mais dispendiosas, conduzindo a um atraso na implementação do 5G e, eventualmente, prejudicando os interesses das empresas e consumidores.
Adicionalmente, acreditamos que a implementação de restrições irrazoáveis pode colidir com os direitos da empresa e levantar questões legais sérias.