Surface Pro Hands On – Primeiras Impressões

Depois do anúncio do lançamento do Surface Pro para 30 de Maio em todo o país, o Pplware esteve há momentos nas instalações da Microsoft Portugal para uma apresentação da mais recente jóia da coroa da gigante de Redmond. Além do esclarecimento de algumas questões interessantes com o CTO da Microsoft Portugal, Miguel Caldas, tivemos ainda um hands on que nos permitiu tirar algumas primeiras impressões.

Saiba tudo acerca do gadget que pretende unir o mercado dos tablets e PCs.

Foi no Microsoft Lisbon Experience que bloggers e jornalistas se reuniram para uma apresentação do novo Surface Pro, a ser lançado já no próximo dia 30 de Maio. O Pplware teve a oportunidade de utilizar e apreciar o novo gadget da Microsoft.

Peso e Dimensões

Comparativamente ao Surface RT, a versão Pro não é muito mais pesada. É claro que 900 gramas se sentem, mas estamos a falar de um PC ultraportátil na forma de tablet e tendo tal em consideração, o seu peso é bastante razoável. É mais espesso, mas nada por aí além. Lembrem-se que estamos a falar de hardware digno de PC de última geração, tudo em apenas 1,35 cm de espessura.

A resistência do chassis é elevada, tal como na versão RT. A liga de magnésio utilizada e o facto do chassis ser uma única peça torna-o numa mais leve e robusto, sem qualquer ranger.

Ecrã, teclado e caneta

O ecrã é soberbo: Full HD em 10.6''. O brilho e a definição são absolutamente fantásticos. A interacção pode ser feitas em 3 formas: usando o toque, sendo possível reconhecer individualmente 10 pontos de toque (as 2 mãos); usando a caneta (incluída) com 1024 níveis de pressão e altamente sensível e fácil de usar; ou usando o teclado (não incluído) que se liga ao Surface por íman e está disponível numa versão com teclas touch e teclas normais.

A caneta com 1024 níveis de pressão permite uma escrita muito natural e realista; existe muito pouco atraso do ecrã face à ponta da caneta; a mão é ignorada quando se escreve; é possível aproximar o bico do ecrã e obter dicas acerca do local apontado.

A caneta com 1024 níveis de pressão é incluída no preço do Surface Pro. Na imagem, o teclado está fechado e faz também de capa, com um acabamento em feltro muito agradável ao toque.

Vídeo: Escrita com a caneta

Bateria

O Surface Pro promete 4 a 6 horas de bateria com as definições por omissão. Questionámos Miguel Caldas acerca da disponibilização de uma possível dock ou teclado que estendesse a duração da bateria. "Isso não posso dizer [risos]. O que posso dizer é que até ao fim do ano podem esperar muitas novidades interessantes no que toca a acessórios."

Conectividade

"Mantemos a mesma linha relativamente à conectividade. Queremos que tanto o utilizador profissional light ou o mais exigente seja capaz de fazer uma apresentação no cliente, por exemplo". Para isso incluiu-se uma porta HDMI (no Surface) ou uma mini display port (no caso do Surface Pro).

O Surface Pro não inclui 3G, como muitos tablets disponíveis no mercado. Quando confrontado com esta realidade, Miguel Caldas referiu que, embora seja possível ligar uma pen 3G à porta USB, não é essa a linha seguida pela Microsoft. Considerando a cobertura Wi-Fi cada vez maior, a existência de routers 3G e a partilha de 3G via tethering do smartphone, a empresa decidiu retirar esta funcionalidade.

Compatibilidade

"Tudo o que funciona e não funciona no Windows 8 continua a ser verdade no Surface Pro"

Relativamente à garantia da compatibilidade do Windows 8.1 com o Surface Pro, a resposta foi positiva. Quando a mesma questão foi colocada em relação a futuras versões do Windows, a resposta foi dada sem certezas mas, considerando o hardware da máquina e os objectivos da Microsoft a longo prazo, foi-nos dito que seria muito provável o acompanhamento do dispositivo. Pelo menos mais do que acontece com os dispositivos Android ou Apple.

Miguel Caldas relembrou que não é qualquer software house que dá suporte a um produto durante 14 anos, como é o caso do Windows XP - "Os bits não apodrecem", lembrou.

A interface Modern UI do Windows 8 - o "menu iniciar".

Outra grande vantagem do Surface Pro, referiu, é a possibilidade de instalar apps nativas do Windows 8 sem passar pela Loja de Aplicações, e claro, pela aprovação da Microsoft. Isto torna-se particularmente útil para developers e empresas, tanto para testar apps como para as instalar em todos os dispositivos da empresa. Foi inclusive feito um caso de estudo na Sogrape, empresa produtora de vinhos como o Mateus Rosé, veja aqui o vídeo.

Um tablet para o mundo empresarial

Em termos de gestão empresarial, a máquina é vista como um PC comum, não há diferença rigorosamente nenhuma. Os drivers são diferentes obviamente, mas não passa disso.

O modo "desktop" no Surface Pro, permitindo a execução das aplicações tradicionais e muito exigentes.

"No mundo empresarial existem milhões de aplicações programadas para uso da própria empresa e que não são contabilizadas na loja de aplicações. É nessa retro-compatibilidade que o Surface Pro pretende vingar", afirmou.

Futuro: apenas UMA plataforma de desenvolvimento?

"A nossa intenção é, no futuro, dar aos developers apenas uma plataforma de desenvolvimento. O developer não terá de se preocupar com o tipo de arquitectura do dispositivos, seja um smartphone, consola, tablet ou PC". Isto já é possível no caso das aplicações Windows 8 e Windows Phone 8 - a Microsoft, pouco a pouco, vai dando passos nesse sentido.

O Surface e os fabricantes OEM

"O Surface será sempre da Microsoft", garantiu. É um produto da marca, com hardware da marca e feito usando processos de fabrico proprietários. O objectivo será criar uma  linha de referência de produtos Windows 8, que "espicace" o mercado dos fabricantes OEM parceiros da Microsoft e que consiga gerar mais inovação e alternativas para os consumidores.

Preço e disponibilidade

O Surface Pro será disponibilizado em duas versões: a de 64GB custará 879€ enquanto que a de 128GB chegará aos 979€. Estará à venda na Fnac, Worten, Media Markt, El Corte Inglés e Staples.

Especificações técnicas

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