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Starlink – Rede de 4425 satélites de Internet operacional até 2024

E se um dia existisse um fornecedor de Internet mundial? Bom, isso irá acontecer, pois estão já em desenvolvimento vários projetos deste calibre, mas, ao que tudo indica, quem está na frente desta corrida é Elon Musk com a sua rede de 4425 satélites.

Segundo informações da FCC, o projeto Starlink estará licenciado e concluído até 2024.


Um dia teremos em todo o lado Internet Gigabit via satélite

Tudo se encaminha para que dentro de poucos anos tenhamos uma rede global de fornecimento de Internet de Banda larga… é já é oficial.

A Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC) deu luz verde a Elon Musk para implantar a sua ambiciosa e enorme rede global de internet via satélite, conhecida como Starlink. É um projeto da SpaceX com o qual esta empresa pretende colocar em órbita 4425 satélites que fornecerão Internet ao redor do mundo.

 

Projeto Loon e Internet.org

Estão já decorridos 3 anos de desenvolvimento e investimento num ambicioso sonho que vários outros players iniciaram há alguns anos. Já demos conta da intenção da Google e do Facebook neste tipo de fornecimento global de Internet via satélite.

Elon Musk apresentou em novembro de 2016 uma carta à FCC, onde pediu permissão para se iniciar na aventura de levar, também ele, a Internet de banda larga aos 4 cantos do planeta.

Finalmente o magnata das energias, transportes e exploração espacial conseguiu que a entidade reguladora desse o OK para que Musk começasse a trabalhar o mais rápido possível, isto porque a FCC estabeleceu um prazo.

 

Musk, tudo operacional até 29 de março de 2024. Mãos à obra

Após a FCC rever e aprovar o pedido de Musk, a Comissão concedeu uma licença de constelação à SpaceX que autoriza a colocação em órbita de 4425 satélites. Estes satélites têm como finalidade fornecer Internet a Gigabit, com uma latência máxima de 25 ms.

A ideia de Musk é na verdade ter 12000 satélites, mas devido a restrições da FCC, já que nem todos estariam na mesma órbita e frequência, só poderia pedir permissão para 4425. Ou seja, os mais de quatro mil satélites serão ligados em rede, com a mesma frequência e a uma mesma altitude.

A FCC também exige a Musk que pelo menos 50% da rede deve estar na órbita atribuída e começar a operar antes de 29 de março de 2024. Se essa data for alcançada e Musk não estiver em conformidade, a licença será cancelada e deverá ter de solicitar uma nova permissão. Ou seja, Musk terá seis anos para colocar em andamento o projeto.

 

Starlink já iniciou testes em órbita

Como demos a conhecer há algumas semanas, a SpaceX enviou os dois primeiros satélites da rede Starlink, que estão atualmente em órbita com o objetivo de testar vários cenários.

O objetivo desta rede Gigabit, de acordo com Elon Musk, será fornecer Internet de banda larga a todos e a preços acessíveis. Mais que isso é mesmo estender a rede de utilizadores, sair do cenário urbano (onde existe uma saturação de oferta) e conquistar as áreas rurais e de difícil acesso, onde hoje ainda é extremamente caro colocar infra-estrutura tradicional.

 

Lixo espacial

O lixo espacial que gravita em torno do nosso planeta é cada vez maior. Começa-se a perceber que algo tem de ser feito visto que o incremento de novos objetos a gravitar é absolutamente gigante e o lixo começa a ter implicações gravíssimas a vários níveis.

Assim, nesta autorização, a FCC também pediu à SpaceX a mitigação detalhada sobre o seu plano de detritos espaciais, informação que terá de ser entregue nos próximos anos. São exigidos detalhes sobre a vida de cada satélite e o que lhe irá acontecer em fim de vida. Tudo para evitar mais lixo espacial.

Pode parecer que está tudo a correr bem, mas na verdade este projeto ainda tem de enfrentar duras batalhas contra as várias outras empresas de fornecimento de sinal por satélite, as muitas respostas que ainda estarão por apurar relativas ao mercado e ao modelo de negócio… e vários outros assuntos ligados ao grande número de satélites que serão lançados e o cenário de saturação do espectro e da órbita uma vez que todos operam na mesma área.

 

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