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O Poderio das Redes Sociais

Todos os dias se ouve falar nesse conjunto de pessoas interligadas por relações como “amizade”, “relação profissional” ou um simples interesse temático. Mas afinal qual é o impacto social das auto-intituladas redes sociais?

Embora o começo da investigação nesta área remonte aos anos 60/70, foi a meio da primeira década do século XXI que se deu o verdadeiro boom da chamada Web 2.0, o novo mundo digital caracterizado pelas redes sociais, tags, wikis, blogs e motores de busca cada vez mais poderosos.

As redes sociais começaram a brotar de um momento para o outro, cada uma focada em diferentes temáticas: o amante de fotografia usava o Flickr, o artista usava o DeviantArt, o audiófilo usava o MySpace e o videófilo ficava-se pelo Youtube. Paralelamente às redes sociais “tematizadas” surgem também as redes sociais generalistas, procurando agregar utilizadores que se relacionem socialmente a diferentes níveis, pessoal e/ou profissional.

O LinkedIn, criado em 2003, tem vindo a crescer consistentemente ao longo dos anos e, embora longe da popularidade do Facebook, é uma importante fonte de informação para os empregadores. O conceito “CV online” é um convite à partilha de competências e relacionamentos profissionais que um dia, quem sabe, poderão revelar-se valiosos.

Em 2003 foi também lançado o Second Life, uma espécie de simulação online da vida real em que cada utilizador, representado pelo seu avatar, entra num mundo virtual repleto de interacções. À parte das polémicas relacionadas com utilizações menos próprias desta rede, o Second Life atrai milhões de utilizadores e é cada vez mais utilizado por empresas que pretendem reduzir custos de deslocação em reuniões.

O Second Life incentiva o utilizador a criar um avatar à sua imagem (ou não).

Quando se falava em redes sociais de relacionamento pessoal há 2 ou 3 anos, aqui em Portugal, o Hi5 era a mais conhecida, tornando-se cada vez mais comum a expressão “adiciona-me!”. Imensamente popular entre os utilizadores mais jovens, esta rede acabou por se saturar e não acompanhar as tendências de uma web cada vez mais simples e integrável.

É exactamente neste quadro que surge o Facebook, a rede social que começou numa universidade e alastrou a todo o mundo, principalmente devido à sua simplicidade e características inovadoras. Desafiados pela pergunta “Em que estás a pensar?”, os utilizadores partilham no seu “mural” aquilo que lhes vai na alma, as chamadas “actualizações”, desde texto, vídeos, imagens ou ligações para sites.

Actualmente, há quem cuide das relações no Facebook como quem rega todos os dias o jardim.

Com funcionalidades verdadeiramente úteis como a possibilidade de publicação de Eventos e criação de Grupos e Aplicações, o Facebook conseguiu elevar a fasquia da interligação social e unir desconhecidos em redor de temas comuns. Quem se lembra bem da febre dos questionários ou da quantidade infindável de grupos com temas mais impensáveis?

Os media, organizações e outras personalidades não ficaram indiferentes a este novo mundo. A criação desmesurada de perfis representativos destas entidades, motivou o lançamento das Páginas. Embora diferentes dos perfis, estas permitem reunir “fãs” e interagir com os mesmos através do seu mural.

Em 2006 surge o Twitter, uma rede social minimalista e que, ao contrário do Facebook, impõe limites nas actualizações (apenas 140 caracteres) e desafia o utilizador a partilhar aquilo que está de facto a acontecer, levando até a utilizações demasiado literais. Recordo bem o sismo sentido em Portugal, em 2009, e principalmente o abalo nas redes sociais. O enorme rácio de tweets por segundo sob a hashtag #sismo, #sismopt e #terramoto mostrando as reacções imediatas da população foi matéria-prima para muitos canais noticiosos.

"I tweet, therefore I am!"

O últimos 2 anos têm sido marcados por uma revolução na integração dos serviços sociais: mais do que serviços isolados, o internauta sente a necessidade de partilhar conteúdos entre redes sociais. A massificação dos botões de partilha veio preencher esse mesmo vazio.

E quando se fala em integração é inevitável lembrarmo-nos da quantidade crescente de aparelhos electrónicos que permitem o acesso aos serviços sociais. O computador já não é a plataforma predilecta e surgem cada vez mais gadgets como os smartphones, tablets, e televisões que disponibilizam acesso à Internet e instalação de aplicações. Surgem ainda serviços como o Google+ que tenta inovar precisamente nesta área, procurando integrar os inúmeros serviços da Google como o Gmail, Youtube, Picasa, Maps, Blogger e tantos outros.

Caminhamos para um mundo Google.

 

Partilha integrada de conteúdos utilizando aplicações em plataformas web, é assim que descrevo o mundo tecnológico hoje em dia. Na minha modesta opinião, se de facto surgir uma nova Web 3.0, será com certeza focada nestes conceitos.

É caso para dizer “Gosto disto”!

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