O IPv6 vem para ficar!
A preocupação com a introdução do IPv6 nos sistemas de informação é um assunto cada vez mais abordado pela nata científica europeia. A semana passada anunciei aqui a transmissão online da reunião do RIPE-55 que decorreu em Amesterdão, que abordava a exaustão do espaço IPv4 e da necessidade de começar a migração para IPv6. Como resultado desta reunião a comunidade RIPE emitiu o seguinte comunicado:
"O crescimento e inovação da Internet depende da continua disponibilidade do espaço de endereçamento IP. Espera-se que as gamas de endereços IPv4 disponíveis actualmente, sejam totalmente alocadas num período de dois a quatro anos. O IPv6 providencia o espaço de endereçamento necessário para o futuro crescimento. É no entanto, necessário estimular um uso mais largo do endereçamento IPv6. Enquanto a Internet baseada em IPv4 continuará a funcionar tal como acontece hoje em dia, a integração do IPv6 é necessário para o crescimento e desenvolvimento das futuras redes IP.
A comunidade RIPE já estabeleceu mecanismos abertos e amplamente suportados para a gestão de recursos da futura Internet. A comunidade está confiante que o seu processo de desenvolvimento de políticas vai ao encontro das necessidades de todos os utilizadores e operadores da Internet durante o período de exaustão do IPv4 e da introdução do IPv6.
Recomendamos que os fornecedores de serviços Internet tornem os seus serviços acessíveis através de IPv6. Motivamos todos aqueles que necessitarão de um espaço de endereçamento significativo a começar a usar o IPv6. Encorajamos governos a tomar parte no desenvolvimento e introdução do IPv6 e em particular que todos os cidadãos sejam capazes de participar no futuro da sociedade de informação. Por fim, encorajamos que o uso alargado de IPv6 se torne uma grande prioridade por todos os parceiros."
Fonte: RIPE
Este artigo tem mais de um ano
Na minha humilde opinião o problema está na compreensão por parte dos ISP’s da mais valia que é o IPv6. Enquanto não houver um quantificador palpável (monetário ou outro qualquer que satisfaça a corporação) que permita apresentar lucro não vai haver nos ISP’s a implementação de IPv6.
Até porque se forem a ver bem a coisa não basta “colocar” IPv6 numa rede. É necessário que depois venham os serviços associados e isso custa €€ a implementar.
Por outro lado temos de ser nós consumidores a exigir isso, mas também não temos mais valia para que o façamos. “Ok, tenho ipv6, o meu endereço aumentou, e agora? Que faço eu com isto??”.
Acho que o problema passa por aqui, têm de ser criadas expectativas válidas e têm de ser satisfeitas essas expectativas. Só assim a roda do ipv6 começará a girar no mercado e sairá do meio académico.
E eu já tenho IPv6, roam-se de inveja!
Pedro a explicação é simples…Se os endereços ip em formato ipv4 “esgotarem” quando o humilde utilizador tentar aceder á net e não se conseguirem conectar por não haver endereços ips disponiveis vão começar a reclamar com os ISP’s e ai eles vão se ver obrigados a mudar para o ipv6…
Por isso acho que a mudança para ipv6 deverá ser feita progressivamete e não de um dia para a noite já que tá previsto acontecer mais cedo ou mais tarde…
Mas esta mudança não vais só custar aos ISP’s mas também a nós, penso que o hardware utilizado por nós neste momento não vai suportar ipv6, a não ser que uma actualização de Firmware resulta o assunto, o que duvido..
Continuem com o bom trabalho…
Abraços…